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25 de setembro de 2012

BIODIESEL


Combustível limpo para o transporte sustentável

Esta é a atual busca de companhias de petróleo que ao se reestruturarem para atender um novo perfil de empresas de energia, visualizam a perspectiva da finitude dos combustíveis fósseis e cada vez mais a urgência em zelar por questões ambientais.

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Esta é a atual busca de companhias de petróleo que ao se reestruturarem para atender um novo perfil de empresas de energia, visualizam a perspectiva da finitude dos combustíveis fósseis e cada vez mais a urgência em zelar por questões ambientais. Neste cenário aparece o biodiesel, também chamado “combustível verde”, uma evolução na tentativa de substituição do óleo diesel mineral por um óleo originário da biomassa, através do aproveitamento de óleos vegetais “in natura”.

Com a necessidade de fontes de energia renováveis, os planejamentos das corporações dão indícios de novos elementos que devem assumir papel crescente na matriz energética mundial, como o caso da PETROBRAS que planeja no período de 2004 à 2010 a comercialização do biodiesel..

Hoje, a matriz energética do Brasil é o petróleo com 43,1% e o óleo diesel a matriz dos combustíveis líquidos com 57,9%, havendo destes, 10% de dependência externa. Assim, o biodiesel passa a ser do ponto de vista econômico a oportunidade de substituição das importações pela possibilidade de exportação viabilizada inicialmente através do grão da mamona que possui 75% de óleo extraível, podendo assim contribuir de forma direta e expressiva para a independência energética brasileira.

Existem hoje no Brasil diversas experiências relativas ao uso do biodiesel, originário de óleos novos, extraídos de vegetais e usados, proveniente de restaurantes. Por ser um país rico em oleaginosas o Brasil tem um grande potencial a ser explorado, tanto em relação ao aproveitamento energético de culturas temporárias e perenes, quanto ao aproveitamento energético do óleo residual, porém para que seja implantado, conforme determina a ANP (Agência Nacional de Petróleo), são necessários testes para homologação de combustíveis não especificados.

Desde 1998 são realizados testes que comprovam diversas vantagens do biodiesel, entre elas, a adaptabilidade aos motores do ciclo diesel pois enquanto a utilização de outros combustíveis limpos como o gás natural ou o biogás requer adaptação dos motores, a combustão do biodiesel pode dispensar alterações, configurando-se em uma alternativa técnica capaz de atender toda a frota já existente movida a óleo diesel.

Estudos e planejamentos estão sendo realizados para que a partir de 2005 seja aplicada no Brasil a mistura B2 (2% de biodiesel) e assim, o governo pretende regulamentar um aumento deste percentual anualmente, como mostra a tabela abaixo.
Ano 2005 2006 2007 2008 2009
% mistura 22,753,54,255

Para os centros urbanos, que têm a poluição como uma mazela da sociedade contemporânea baseada em combustíveis de origem fóssil, a substituição do petrodiesel pelo biodiesel, ou seja, uma alteração na matriz energética veicular, possibilita um transporte rodoviário de passageiros e de carga, mais limpo resultando numa qualidade de ar significativamente melhor, com isso o gasto do governo com tratamento de doenças causadas ou agravadas por substâncias nocivas lançadas na atmosfera tende a diminuir.

Já é possível visualizar este resultado em paises como a Itália e França que iniciaram estudos com biodiesel no inicio da década de 1980 e hoje o utilizam como fonte regular de combustível. Outro exemplo mundial é a Alemanha, onde atualmente existe uma frota de veículos leves, coletivos e de carga que utilizam biodiesel puro, obtido de plantações específicas para fins energéticos.

No Brasil o uso do biodiesel está alicerçado em três pilares: social, ambiental e mercado. A implementação de um programa energético como este, levando-se em conta o aproveitamento dos óleos vegetais, abre oportunidades para grandes benefícios sociais decorrentes do alto índice de geração de emprego, culminando com a valorização do campo e a promoção do trabalhador rural além da demanda por mão-de-obra qualificada. Estima-se que com um investimento de US$228,3 milhões serão gerados 1.350.000 novos empregos, conforme apresentação da ministra Dilma Rousseff do Ministério de Minas e Energia em seminário sobre matriz energética promovido pela Anfavea.

As regiões norte e nordeste estão diretamente ligadas ao vetor social deste programa que permite explorar potencialidades locais reduzindo as diferenças regionais, 350 famílias já estão assentadas no Canto do Buriti, Piauí, em uma área de 10.000 ha organizada em 16 células, cada célula com 35 lotes, onde está sendo desenvolvida a plantação de mamona para produção do biodiesel estimada em 25 milhões de litros/ano.

Além do alto poder calorífico, os óleos vegetais possuem características raramente encontradas em outros combustíveis tais como, ausência de enxofre e a não geração de poluentes para produção industrial, o que une a busca por alternativas energéticas à preocupação ambiental.

Assim, é possível concluir que o biodiesel é um combustível sustentável, capaz de auxiliar efetivamente e a curto prazo a obtenção de um transporte sustentável, envolvendo portanto, aspectos de natureza social, estratégica, econômica e ambiental.

NOSSO ETANOL É SUSTENTÁVEL?


Para abordar a questão levantada no título, precisamos examinar três perguntas. O que é ser sustentável? A que distância está o etanol dessa condição? O que faremos para chegar lá? Nenhum produto ou empresa pode sustentar-se isoladamente. É preciso que sua cadeia de valor se sustente. Por sua vez, a cadeia de valor depende da sociedade. E a sociedade, de quem depende? Dos sistemas naturais. Já que tudo está interligado, ser sustentável no caso do etanol é contribuir com a sociedade, ajudando-a a respeitar as regras do jogo do planeta. Se o uso do combustível de cana nos ajudar, que se fortaleça cada vez mais.
Além de viável economicamente, nosso etanol é menos poluente, pode ser produzido com razoável preservação da biodiversidade e até, em alguma medida, provir da agricultura familiar – temos exemplos no Brasil. E a questão da segurança alimentar? Vejamos alguns números: os canaviais ocupam o equivalente a 1% da área das propriedades rurais, 2,3% das áreas de pastagem, 5% da área cultivada nacional e 0,5% da superfície total do País.
Considerando a subutilização das áreas agrícolas, há ainda bastante espaço para crescer sem afetar a disponibilidade de alimento. E o desmatamento? Pelos mesmos números, vemos que o etanol pode aumentar muito apenas em áreas agrícolas subutilizadas, sem avançar sobre a mata.
E como saberemos a que distância da sustentabilidade está nossa produção de etanol? Para responder a esta segunda pergunta, precisamos de sistemas de certificação que identifiquem o que ocorre nos sistemas produtivos. Apesar da superioridade do álcool de cana-de-açúcar em relação ao de outras culturas, a postura dos produtores não é homogênea. Há fazendas ecologicamente tão ajustadas que chegam a atrair e abrigar animais ameaçados. Mas não são muitas.
Algumas usinas preparam os funcionários para a crescente mecanização. Outras, porém, nem os registram. Há ainda as denúncias de trabalho análogo ao de escravo que continuam a surgir em diversos setores do agronegócio e incluem o de etanol.
Alguns produtores mantêm áreas de reserva e preservação, respeitando a lei. Outros a combatem. A redução ou mesmo a eliminação do uso de agrotóxicos ocorre, mas não é regra. Em resumo, para o consumidor saber o que está comprando só há uma solução: conhecer a origem do produto. A melhor forma de fazê-lo? Exigindo certificado.
Vários institutos de pesquisa, empresas privadas, mesas-redondas e governos vêm se envolvendo na qualificação da produção de etanol. Os critérios da mesa-redonda organizada pela Escola Politécnica Federal de Lausanne, por exemplo, abrangem os biocombustíveis de forma genérica e, com isso, contemplam o etanol.
Os critérios Better Sugar Cane Initiative (BSI), com uma boa diversidade de participantes, tratam da cana-de- açúcar. A organização não governamental Rainforest Alliance estabeleceu critérios para o tema, definidos com muito cuidado. O Inmetro também tem desenvolvido um sistema com a participação de especialistas renomados. Quanto ao benefício climático do etanol brasileiro, o professor Isaias Macedo, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), da Unicamp, mostrou que é inigualável. Além disso, algumas iniciativas empresariais trazem transparência a esse mercado. Entre os muitos critérios já existentes ou por nascer, ainda não se sabe qual será adotado de forma ampla.
Mas algum deles nos ajudará a conhecer a distância que separa a produção de etanol da sustentabilidade, caso a caso.
Como estamos falando em soluções, vamos à terceira pergunta: qual a estratégia para chegar à sustentabilidade? Vejamos três pontos importantes: para que os sistemas de certificação sejam de fato aplicados, o fator fundamental é a demanda. É preciso que os compradores exerçam a responsabilidade de procurar etanol de acordo com certas características, sob os pontos de vista de qualidade do produto e da produção.
Quanto mais diversas as partes envolvidas na definição dos critérios para atestar a qualidade, tanto melhor. Para oferecer seus benefícios às prementes questões de energia e clima, o etanol precisa ser usado de forma ampla. Ou seja, tornar-se uma commodity global.
Além disso, um mercado internacional grande e sustentado beneficiaria o Brasil, que exportaria mais etanol e tecnologia. Se ajudasse, portanto, países da África e da América Latina a produzir o álcool com critérios de sustentabilidade, o Brasil estrategicamente ajudaria a si mesmo. Ao mesmo tempo, alguns dos povos mais sofridos do mundo teriam grande oportunidade de melhorar suas condições econômicas e de vida. O clima do planeta agradeceria.
Os europeus questionam a sustentabilidade do nosso etanol, aparentemente tentando defender o produtor local, cujos custos são muito altos. Os suecos, porém, sugerem uma estratégia tributária interessante para resolver o impasse: manter os impostos de importação quando o etanol brasileiro servir à mistura obrigatória na gasolina, mas eliminá-los quando abastecer carros flex. Dessa forma, o produtor europeu teria proteção em uma grande fatia do mercado e o produtor brasileiro, por sua vez, teria isenção tarifária para atender o mercado em outra fatia que tende a crescer muito: o de automóveis bicombustíveis na Europa.
Essa divisão tornaria o debate técnico, pois as questões de proteção de mercado seriam tratadas no âmbito tributário. Responder às três perguntas do primeiro parágrafo é fundamental. As respostas serão sempre complexas, multifacetadas e multidisciplinares. O Brasil pode destacar-se ainda mais como potência na produção, uso e exportação de etanol, mas precisa encarar a sustentabilidade de frente, com coragem.

COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS

Na década de 70, quando a crise do petróleo batia às portas do mercado internacional, a EMBRATEL, então estatal, preocupava-se em obter um combustível alternativo ao óleo diesel, para alimentar os grupos-geradores que forneciam energia principalmente às suas estações repetidoras de sinais (micro-ondas e tropo difusão) por este país imenso. Pesquisas, desenvolvimento, testes junto com vários laboratórios nacionais e chegou-se ao uso eficiente dos óleos vegetais, (soja, mamona, dendê e outros). O biodiesel começava a ficar disponível no Brasil. Mas quem se interessaria pela produção em escala industrial? Muito embora a frota diesel do país já fosse imensa, o governo só estimulava a produção do álcool combustível. E o nosso biodiesel ficou sem chance, muito embora estudos da própria EMBRATEL revelassem que seria uma alternativa mais barata, renovável e pouco poluidora.

Os anos se passaram. Agora fala-se que a solução é o biodiesel, mas não vemos iniciativas de porte no brasil que se coadune com as afirmativas colcocadas por aí.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, um ex-piloto de carga americano, por volta de 1993 juntou suas economias, hipotecou sua casa, utilizou os recursos do fundo 401K, que poderiam garantir sua aposentadoria e aplicou em uma refinaria de óleo de soja. Em 1994 ele comprou de agricultores de Iowa uma partida de óleo de soja e deu início à sua produção de biodiesel, com sua empresa Imperium Renewables (www.imperiumrenewables.com), em Seatlle.

Hoje a Imperium vende de 700 a 800 milhões de galões de biodiesel por dia, para quatro distribuidores regionais de combustíveis e não consegue atender à demanda. Ao final do próximo verão a Imperium deve inaugurar uma nova planta produtora de biodiesel, ainda em Seatlle.

As notícias, sem grandes novidades para aqueles que trabalhavam na EMBRATEL na década de 70, dão conta de que o biodiesel pode ser obtido de gordura animal e de qualquer óleo vegetal, incluindo o óleo de cozinha. O biodiesel atua como lubrificante natural, é completamente bio-degradável e queima de forma mais limpa do que o óleo diesel convencional, reduzindo as emissões de monóxido de carbono em cerca de 50% e de dióxido de carbono -o principal agente que provoca o aquecimento global - em cerca de 78%.

De forma diferente do etanol, que em elevadas concentrações trabalho somente em motores veiculares especialmente desenvolvidos para tal uso, o biodiesel roda virtualmente em qualquer motor projetado para funcionar com óleo diesel. De acordo com a national Biodiesel Board (www.biodiesel,org), as vendas de biodiesel nos EUA quintuplicaram nos ultimos 3 anos, chegando a um volume de 200 milhões de galões em 2006. A expectativa dos analistas é que por volta de 2020 as vendas alcancem 800 milhões de barris.

21 de setembro de 2012

DIA MUNDIAL SEM CARRO 2012

Saiba o que é o Dia Mundial Sem Carro

No Dia Mundial Sem Carro, as pessoas buscam formas alternativas de transporte
Os problemas de mobilidade urbana das grandes (e médias) cidades e a preocupação com problemas ambientais do planeta são as principais motivações para o Dia Mundial Sem Carro. A ideia é que, anualmente, seja reservada uma data para as pessoas não utilizarem os veículos pessoais e fazer uso de formas alternativas de transporte (ônibus, bicicleta etc). A data escolhida para o Dia Mundial Sem Carro é 22 de setembro.
A campanha para que as pessoas deixem o carro em casa uma vez por ano aconteceu pela primeira na França em 1997. No Brasil, existe desde 2001. Naquele ano a campanha foi feita em 11 cidades: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS), Piracicaba (SP), Vitória (ES), Belém (PA), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Joinville (SC) e São Luís (MA).
Onze anos após o início no Brasil, o Dia Mundial Sem Carro contou com a adesão das principais metrópoles do Brasil. Em São Paulo, ciclistas organizam passeios e algumas vagas de garagem serão utilizadas para atividades culturais. No Rio de Janeiro, o espaço onde carros são proibidos será aumentado. Em Curitiba, haverá sorteio de três bicicletas para quem deixar o carro em casa.
Com o crescimento do número de usuários da internet, o Dia Mundial Sem Carro saiu das ruas e chegou às redes sociais. Na data, o assunto se torna o assunto mais falado no Twitter. A hashtag que vai ser utilizada nesse ano é a #DNSC,  #diasemcarro, além da tradicional #diamundialsemcarro.

Números do trânsito assustam

Com menos carros nas ruas, haveria menos acidentes? O #DiaSemCarro levanta esse questionamento também. (Aldenir Jacques/Jornalismo Participativo)
O Dia Sem Carro é a oportunidade para as pessoas se atentarem às estatísticas do trânsito. No Brasil, os números assustam. No ano passado, 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito. Em São Paulo, o número excessivo de carros faz os paulistanos demorarem mais de duas horas (em média) para se locomover da casa para o trabalho.

15 de setembro de 2012

LATAS DE ALUMÍNIO #4

Como se produz e recicla latas de alumínios

Como já foi dito, cinco toneladas de bauxita acaba em uma tonelada de alumínio. Para esse processo acontecer, há uma longa etapa que passa ainda por um outro ciclo que é da alumina.

A grosso modo o processo de produção do alumínio é dividido em três etapas.

Extração da bauxita – que se resume a extração, compactação e secagem do produto.

Transformação em alumina – Dessa bauxita vai ser retirada a alumina, uma espécie de pó branco. Esse processo conta com o uso de produtos químicos como a soda cáustica, secagem, filtragem e redução. A redução é feita através de um processo de eletrólise, processo que por meio elétrico separa componentes químicos.

Transformação em lingotes – A alumina é processada junto com outros elementos químicos. Há também a ação de eletricidade e fundição para que surjam os lingotes ou chapas de alumínio, estas últimas usadas para fazer latas. Com extremo grau de pureza, cerca de 98%, o alumínio segue para as mais diversas indústrias que o moldam, de acordo com o que desejam.

Para saber mais sobre esse processo, clique aqui
.

Como estamos falando de lata, vamos a segundo etapa desse ciclo que quando a chapa torna-se lata. São sete passos básicos.

Prensagem – Os rolos de chapas de alumínio são cortados e tomam o formato de pequenos copos.

Afinando – Em outro equipamento de pressão, esses copos são esticados, diminuindo sua espessura e aumentando sua altura.

Limpando – Essas latas são esterelizadas e secadas por dentro e por fora.

Rotulando – Os rótulos das latas são feitos através de um processo chamado flexografia, uma espécie de xilografia sofisticada.

Revestimento interno – Um spray cria uma película amplia a higienização interna da lata.

Moldagem do pescoço – Nessa etapa é feita uma pequena dobra aonde será colocada a tampa da latinha.

Colocação da tampa – A tampa é finalmente fixada junto com o seu anel e rebite que serão fixados após o preenchimento do conteúdo.

Bom, agora que você já conhece os passos para se fazer uma lata de alumínio, vamos voltar um pouco do processo para entender como acontece a reciclagem. Dessa vez com imagens.

Depois de consumida a lata vai para o lixo. A separação da lata de alumínio é importante porque antecipa uma etapa do processo. Mas mesmo assim o perigo de haver materiais que não sejam alumínio no processo ainda é grande. E deixar esses intrusos acabam comprometendo a reciclagem. Apesar de 100% reciclado, o alumínio reciclado deve tomar cuidado para ter um bom grau de pureza. Muitas vezes ele não chega à pureza do alumínio primário, mas chega muito perto. Fábricas como a Aleris, em Pindamonhangaba, consegue 97,4% de pureza.

Vamos aos passos da reciclagem.


Depois de recolhidas e separadas, as latas chegam para a triagem.

Esteira de triagem


Uma esteira leva as latas para a prensagem. Uma nova fiscalização
manual
é feita. Nessa etapa uma máquina assopra a lata para o
alto. Com a velocidade controlada, o vento joga as latas de alumínio
para cima e objetos com materiais mais pesado caem em uma
nova lixeira. É nesse etapa que aquela latinha cheia de areia
que alguém colocou para aumentar o peso vai embora.

Latas são prensadas


A seguir, uma prensa cria os fardos, que seguem para
a indústria de reciclagem.



Exame de radioatividade

Na indústria de reciclagem, os fardos são examinados por
detectores de radiaotividade, Para evitar qualquer tipo de
contaminação por radiação.


Os fardos na indústria de reciclagem


Se não houver nenhum problema, os fardos seguem o processo.
Eles serão novamente examinados por uma triagem, que,
além dos jatos de vento, imãs são colocados para atrair objetos que contenham ferro, eliminando-os do processo.
As tintas e outros produtos químicos
são eliminados
durante a fusão graças
ao controle da temperatura dos fornos. Um processo
extremamente caloroso, já que os fornos
trabalham a 400º Celsius
.
Misturando as matérias-primas


Não são só as latinhas que vão para a reciclagem, restos de
várias linhas de produção com alumínio primário, conhecidos
como cavacos, são aproveitados melhorando o grau de pureza
do produto final.

Fundição do alumínio


Fundido, o alumínio cai em recipientes que determinam sua forma final.

Lingotes



Uma das formas do produto acaba são os lingotes.


Controle de qualidade



Para verificar o grau de pureza e resistência do produto são em
pequenas amostras que são torneadas na própria
indústria de reciclagem.


­O mito dos anéis de latinhas

Um costume de muitas famílias brasileiras é juntar aqueles anéis ou argolinhas de latinhas para uma suposta reciclagem que, por exemplo, ajudaria na obtenção de uma cadeira de rodas para quem precisa. Segundo uma das versões da história, uma garrafa de plástico de dois litros cheia de anéis de latinhas (com um quilo aproximadamente) valeria mais de R$ 200,00. Já vimos que um quilo de latinhas custa, na verdade, R$ 3,00 em média. Esses anéis podem sim ser usados na reciclagem, mas principalmente quando junto à latinha. Eles contêm uma pequena quantidade de zinco que é eliminada durante a reciclagem, mas nenhuma indústria de reciclagem vai comprar apenas os anéis. Por isso, deixe-os junto com a latinha. Aliás, esse mito não é exclusividade brasileira. Na Noruega, existe a lenda de que os anéis podem ser trocados por cachorros guias para cegos.

LATAS DE ALUMÍNIO #3

Quem é quem na reciclagem de alumínio

A estrutura para a reciclagem de alumínio também é bastante avançada e enxuta no país.

  • 327 municípios com coleta seletiva
  • 170 mil pessoas envolvidas
  • Movimento de R$ 1,7 bilhão
  • 44 empresas recicladoras (fundições)
  • 2.100 empresas envolvidas no processo
  • 3.300 empregos diretos

Fontes: Abal e Abralatas/2006

Além do fatores já ditos como a vantagem econômica dos catadores e da indústria, a reciclagem conta atualmente com uma adesão importante dos consumidores e comerciantes. Apenas como exemplo, os clubes e condomínios que eram responsáveis por 10% da coleta em 2000 aumentaram sua participação para 20% em 2006. As cooperativas, no entanto, continuam sendo base do processo, responsáveis por 58% do material recolhido. Veja como a coleta se divide.



A indústria de latas e reciclagem de latas de alumínio tem sua própria estrutura social. São vários agentes que participam para que haja eficiência no processo, conheça esse ciclo.

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LATAS DE ALUMÍNIO #2

A história da indústria de alumínio

O Alumínio vem da bauxita, um tipo de lama, bem abundante na Terra. Cerca de cinco toneladas de bauxitas produzem uma tonelada de alumínio. Com alumínio, são feitos milhares de tipos de produtos: latas, esquadria, componentes de carros, aviões, panelas, estruturas de edifícios, ou seja, uma infinidade de variedades.

A descoberta do alumínio é relativamente recente. Em 1824, o dinamarquês Hans Christina Oersted conseguiu isolá-lo. Em 1854, o cientista francês, Henry Sainte-Claire Deville, conseguiu a obtê-lo por processo químico - usando cloreto duplo de alumínio e sódio fundido. Em 1886, o americano Charles Martin Hall e o francês Paul Louis Toussaint Héroult descobriram e patentearam, quase simultaneamente, o processo de obtenção de alumínio por meio de corrente elétrica. O processo de eletrólise ficou conhecido como Hall-Heróult.

Um produto vantajoso

O sucesso comercial do alumínio no mundo está nas características físicas do metal. Ele não enferruja como o aço, é leve, podendo ser também mais maleável.

O alumínio passou de um nobre metal usado em utensílios domésticos sofisticados para os ricos e nobres ou em obras de arte para um metal usado em milhares de produtos demorou um pouco menos de um século.  Em 1917, a indústria primária do metal chegou ao seu primeiro milhão de toneladas. Mas o seu aumento de escala se consolidou a partir de 1950. Hoje, a indústria de alumínio coloca 34 milhões de toneladas do produto no mundo (dados de 2006/Abal), que vai para diversas tipos de indústria virar outros produtos.

A escala é grande e a estrutura da indústria é altamente globalizada. As maiores jazidas de bauxita estão em país tropicais ou subtropicais. Brasil, Austrália, África e Estados Unidos são exemplos de locais onde a indústria extrativista de minério é forte. São 46 países que extraem a bauxita, transformam em alumina e depois em alumínio. Já as indústrias que moldam, usinam e fundem o alumínio se espalham pelo planeta. Seja, em países altamente industrializados e com sofisticado parque industrial como o Japão ou Tigres Asiáticos ou em grandes centros industriais dos países em desenvolvimento.

Uma das características dessa industrialização é seu forte investimento em tecnologia tanto do lado da extração quanto do beneficiamento. Como exemplo, podemos pegar a própria indústria de latas e o caso brasileiro. Entre as décadas de 1970 e 2006, a indústria de latas de alumínio no Brasil viu sua produtividade aumentar 51%. Antes, com um quilo de alumínio era possível produzir 49 latas. Atualmente, com a mesma quantidade de alumínio é possível produzir 74 latas. Esse quadro se repete em vários setores dessa cadeia produtiva. Mas voltemos para o perfil da indústria brasileira de latas, que é o principal assunto do artigo. Lá vão alguns dados.

  • Capacidade de produção de 14,4 bilhões de latas por ano
  • 13 fábricas de latas de alumínio
  • Produção de 10,8 bilhões de latas por ano
  • 3.300 empregos diretos
  • Faturamento de R$ 3 bilhões
  • Consumo de 57 latas per capita por ano
  • 95% das latinhas consumidas no Brasil são de alumínio

LATAS DE ALUMÍNIO #1

Introdução sobre a reciclagem de alumínio - um case de sucesso


reciclagem de latas de alumínio

A reciclagem de alumínio no Brasil é um sucesso. O país é o primeiro lugar no ranking do índice de reciclagem de latas de alumínio, com 94,4% do material consumido sendo reaproveitado (dados de 2006). O segundo lugar é o Japão com 90,9% de aproveitamento e o terceiro é a Argentina, com 88,2%, segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e Associação Brasileiros da Indústria de Latas (Abralatas).

Mas quais as razões do sucesso tupiniquim. Para as indústrias, a reciclagem do alumínio tem vantagens óbvias na economia de energia. O processo gasta cerca de 700 Kilo Watts/hora ao ano, o que equivale a menos de 5% da energia gasta no processo de elaboração primária do alumínio, que transforma a bauxita em alumina e depois em barras ou chapas de alumínio. As associações do setor projetam uma economia de energia que daria para abastecer de eletricidade uma cidade como Campinas, com cerca de 1,5 milhão de habitantes.

Para os catadores e suas cooperativas, uma das principais pontas do processo, recolher e vender latas de alumínio rendem muito mais do que qualquer outro material possível de reciclagem como pets ou papéis. Para se ter uma idéia, um catador chega a receber R$ 3,00 por 74 latinhas ou um quilo do material contra R$ 0,30 por 20 garrafas pets de 2 litros ou R$ 0,10 por um quilo de papel.

Para os que lutam contra a degradação do meio ambiente, reciclar alumínio evita que essa latinha seja jogada na natureza. O alumínio pode demorar de 100 a 500 anos para se degradar totalmente. O ciclo da reciclagem de latas de alumínios é de apenas 30 dias, aliás uma vantagem também para a indústria. Além disso, o alumínio é 100% reciclado como você verá quando for explicado o processo de produção, poupando assim a extração de 700 mil toneladas de bauxita, apesar da bauxita não ser necessariamente um material em extinção. Os problemas do aquecimeno global também são amenizados com a reciclagem, já que o processo emite apenas 5% do gás carbônico que se emite na produção do alumínio primário, também segundo a Abal.

Como pode se ver a indústria da latinha é uma bem azeitada coordenação de interesses no Brasil. Nas próximas páginas você vai conhecer a história de como o alumínio virou essa matéria tão importante no nosso dia-a-dia, conhecer o processo de produção de alumínio e da reciclagem das latinhas e também quem faz parte dessa engrenagem.

E os outros produtos de alumínio?

Enquanto as latinhas são as meninas dos olhos da reciclagem no Brasil. Outros produtos de alumínio como, por exemplo, esquadrias de janelas ou carcaça de automóveis têm seu processo de reciclagem mais difuso e, conseqüentemente, menos eficientes. Há várias razões para isso. Primeiro porque esses produtos demoram mais para serem descartados. Além disso, eles não têm uma estrutura eficiente como no caso dos catadores de latinhas e normalmente esses descartes são feitos juntos com muitos outros tipos de materiais

14 de setembro de 2012

10 MANEIRAS DE REUTILIZAR GARRAFAS PET

As garrafas PET estão presentes no nosso dia a dia e são responsáveis por grande volume nos lixões e aterros sanitários, bem como a contaminação do solo. Encaminhar estes resíduos para reciclagem é de extrema importância.
Apesar disso, infelizmente a reciclagem não consegue dar conta de todo o material produzido pelas indústrias. Por isso, os trabalhos artesanais também são ótimas alternativas para diminuir a quantidade de plástico descartada e dar vida nova aos materiais.
O CicloVivo separou dez ideias de como você pode reutilizar as garrafas PET usando muita criatividade.
1. Vaso de “Cristal”
A dica é fazer um vaso de garrafa plástica, com um acabamento que lembra um vaso de cristal, mas com a vantagem de ser inquebrável, sem custo algum e que ainda pode ser reciclado posteriormente.

2. Luminária Oriental
Usando a criatividade é possível criar peças úteis e personalizadas. A luminária oriental pode ser facilmente produzida, mas com o toque criativo dos ideogramas ela fica muito mais bonita.

3. Quadro de Tampinhas
Apesar de grande parte das garrafas PET serem recicladas ou reutilizadas,  muitas pessoas não sabem o que fazer com as suas tampinhas. Pensando nisso, ensinamos como fazer um quadro com estes objetos, o resultado é uma ótima peça de decoração, que pode ser feito por adultos e crianças.

4. Horta Vertical do “Lar Doce Lar”
O arquiteto Marcelo Rosenbaum, que comanda o quadro “Lar Doce Lar”, no programa Caldeirão do Huck, embarcou de vez na onda da sustentabilidade. Um de seus projetos incluiu a Horta Vertical feita com garrafas PET. A ideia foi tão apreciada pelos internautas que ele explicou passo a passo como fazer um modelo parecido.

5. Jardineira
A jardineira de garrafa PET é muito simples e pode ser feita em poucos minutos. Além disso, sua praticidade estimula o plantio de hortas em casa.

6. Cofrinho
A norte-americana Martha Stewart ensinou uma técnica simples para transformar a garrafa PET em um cofrinho em formato de porco. O artesanato aplica a técnica de Upcycle e também serve para ensinar as crianças, como cuidar adequadamente das finanças.

7. Horta Caseira
Demos a dica de como se construir uma horta caseira suspensa, reutilizando garrafas PET. A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças.  Além disso, a horta caseira é decorativa e deixa um aroma agradável no ambiente.

8. Porta-lápis
Nesta matéria o ensinamos a reutilizar garrafas de refrigerante para fazer um porta-lápis sustentável. Ele é muito prático e ainda por cima tem um design muito criativo.

9. Vasos Decorativos
As flores são sempre ótimas opções para decoração doméstica. Por isso, separamos uma dica diferente: um vaso plantado de cabeça para baixo, criado a partir de materiais reciclados, como as garrafas plásticas.

10. Caixinha “Porta-treco”
Uma sugestão muito criativa de artesanato com este material é transformá-lo em pequenas caixas “porta-treco” ou apenas decorativas. O efeito fica muito legal.

O PROBLEMA DAS EMBALAGENS QUE DESCARTAMOS

A partir da década de 1960 iniciou-se o processo de modernização das embalagens para produtos industrializados. Foi a partir daí que começaram os problemas: antes dessa época as embalagens utilizadas para sólidos eram papéis e papelão, e para os líquidos eram as latas e vidros.

Com a revolução das embalagens, surgiram as embalagens plásticas que são derivadas de polímeros, estas são mais usadas devido algumas vantagens que apresentam. Elas são obtidas a baixo custo, são impermeáveis, flexíveis e ao mesmo tempo são resistentes a impactos. Sendo assim, foram substituindo as antigas embalagens até serem usadas em larga escala como nos dias atuais.

Durante muitos anos as embalagens plásticas estão sendo despejadas em aterros sanitários, mas o fato de não serem biodegradáveis faz com que se acumulem no ambiente conservando por muitos anos suas propriedades físicas, já que possuem elevada resistência.

São necessários de 100 a 150 anos (aproximadamente) para que os polímeros sejam degradados no ambiente. Por isso a poluição causada pelos polímeros se tornou uma preocupação em escala mundial, além de poluir rios e lagos, polui também o solo de um modo geral.

Os grandes vilões deste século são os materiais poliméricos como as garrafas PET de refrigerantes, que acarretam problemas ambientais pelas características de serem descartáveis. A poluição pelos polímeros poderia ser minimizada com a reciclagem dos plásticos ou o emprego de polímeros biodegradáveis.

13 de setembro de 2012

ROUPAS ECOLÓGICAS, E DE GRIFE!



Com tecidos orgânicos e matérias-primas recicladas, grifes como Armani, Osklen e a britanica People Tree, que conta com a assinatura da atriz Emma Watson, produzem coleções sustentáveis. E ninguem;em quer ficar fora dessa. A proprietária da loja Sementeira, Camila Bezerra, que também investe em peças amigas do meio ambiente, acredita que, mais do que uma tendência, nos dias de hoje a moda ecofriendly é uma necessidade. “Apostar nesse tipo de produtos faz bem ao planeta e à nossa própria consciência”, afirma.

A Sementeria é um exemplo de como essas marcas contribuem para a redução dos impactos causados ao meio ambiente pela produção de peças de roupas. “Nossos produtos são feitos com algodão orgânico e tecidos feitos de garrafas PET. A malha é confeccionada a partir de sobras de fios da produção, além de modelagens com otimização de encaixe que reduzem o desperdício”, conta Camila. Até no ambiente da loja a pegada sustentável está presente. “Optamos por madeira certificada e de demolição, bambu para decoração e a iluminação é feita com lâmpadas LED, que duram mais que as comuns”, diz ela.

Além de reaproveitar resíduos que seriam jogados no meio ambiente, essas grifes ajudam a construir uma nova consciência em seus consumidores. “Sou fã da Patagonia, uma marca de esportes de aventura que, além de utilizar materiais orgânicos e sustentáveis há muitos anos, uma vez penduraram etiquetas nos produtos com a seguinte pergunta ‘você realmente precisa disso?’. Uma atitude anti-consumo incrível, que podia ser um tiro no próprio pé, mas soou corajosa e só aumentou a admiração pela marca”, conta a empresária.

Muitas pessoas querem tomar atitudes mais sustentáveis em seu dia a dia, mas não sabem como podem contribuir.“ Eu mesma trabalhava com publicidade, mas queria fazer algo que agregasse mais em melhorias para o meio ambiente. Foi quando tive a ideia de criar camisetas com estampas de mensagens positivas e valores do bem. Logo depois incorporei materiais reciclados à produção”, lembra a empresária. Agora você já tem mais uma opção de ser mais sustentável: na hora de renovar o guarda-roupa, opte por uma grife com coleções amigas do meio ambiente.

ELETRONICOS EM STAND BY

A maioria das pessoas deixa seus eletrônicos no modo standby, ou seja, ficam ligados sem operação, em estado de espera. São vários os equipamentos que apresentam esse dispositivo, como geladeiras, máquinas de lavar, televisores, rádios, DVDs, videogames, computadores, microondas, impressoras e outros.
A criação do sistema standby considerou apenas o conforto do usuário de não mais precisar se deslocar ao aparelho para ligá-lo e não se preocupou com as interferências ambientais que estes proporcionariam.
A situação desesperadora que vivemos atualmente por causa do aquecimento global precisa de mudanças e estas comprometem hábitos e rotinas de todo ser humano. Mas, o que os eletrônicos em modo standby têm a ver com o aquecimento global?
É simples. Os equipamentos que permanecem em standby, em estado de espera, são responsáveis por 15% do consumo de energia doméstica e quanto mais alto o consumo elétrico, mais necessidade de produção de energia. A energia elétrica pode ser produzida por hidrelétricas, usinas nucleares, termoelétricas e usinas eólicas.
As usinas hidrelétricas provocam alagamento em diferentes ecossistemas destruindo florestas, lagos e animais aquáticos. As usinas nucleares liberam poluentes na atmosfera e radiação que podem demorar séculos para se dissiparem. As usinas termoelétricas convertem poluentes em energia e são responsáveis pelo efeito estufa, aquecimento global e chuvas ácidas. As usinas eólicas provocam poluição sonora, a morte de espécies de pássaros e a interferência em transmissões de rádio e televisores.
Como podemos perceber, qualquer tipo de gerador de energia prejudica de alguma forma o sistema terrestre e contribui para a aceleração do aquecimento global. Os eletrônicos, por causa da energia que consomem, participam da destruição terrestre e há necessidade de que tais aparelhos tenham sua utilização diminuída ou até mesmo extinta, para que o processo de destruição da natureza seja desacelerado.

ÓLEO USADO EM FRITURAS: UM PROBLEMA QUE TEM SOLUÇÃO

Ele está presente na grande maioria nos lares brasileiros, em alguns serve para temperar, em outros para fritar, mas seu final geralmente é o mesmo: o ralo da pia ou o cesto de lixo. Nunca pesou tanto na consciência aquela coxinha frita ou o franguinho empanado a não ser pelo pessoal que curte um regime, e olha que não é só na consciência que há tempos pesa a questão do óleo de cozinha usado, no meio ambiente pesa bem mais!
Os óleos vegetais, embora muitos desconheçam, são outros grandes causadores de danos ao meio ambiente quando descartados de maneira incorreta. Vamos falar um pouco sobre o assunto e dar dicas do que fazer.
O que são óleos vegetais ?
Os óleos e gorduras são, por definição, substâncias que não se misturam com a água (insolúveis) e podem ser de origem animal ou vegetal. O óleo vegetal, que é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser obtido de várias plantas, ou sementes, como o buriti, mamona, soja, canola, girassol, milho, etc.
Sua constituição química é composta por triglicerídeos, que são formados da condensação entre glicerol e ácidos graxos. A diferença entre gordura e óleo é tão somente seu estado físico, em que a gordura é sólida e o óleo é líquido, ambos a uma temperatura de até 20°C.
O que ele pode provocar ?
Agora que sabemos o que é o óleo vegetal podemos falar sobre os malefícios que este provoca quando lançado na natureza sem nenhum cuidado.
O óleo de cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia ou no lixo, polui córregos, riachos, rios e o solo, além de danificar o encanamento em casa. O óleo também interfere na passagem de luz na água, retarda o crescimento vegetal e interfere no fluxo de água, além de impedir a transferência do oxigênio para a água o que impede a vida nestes sistemas.
Quando lançado no solo, no caso do óleo que vai para os lixões ou aquele que vem junto com a água dos rios e se acumula em suas margens, este impermeabiliza o solo, impedindo que a água se infiltre, piorando o problema das enchentes.
Um litro de óleo de cozinha pode poluir certa de 10.000 litros de água, mas algumas estimativas dizem que um litro de óleo pode poluir até um milhão de litros de água (esta quantidade de água é aproximadamente o que uma pessoa consome em 14 anos). A poluição pelo óleo faz encarecer o tratamento da água (até 45%), além de agravar o efeito estufa, já que o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano, um componente muito mais agressivo que o gás carbônico.
Se isto não for o suficiente para convencê-lo do mal que se faz ao descartar o óleo indevidamente, saiba que ele também provoca o entupimento da rede de esgotos e do encanamento de sua casa, o que pode lhe trazer prejuízos no bolso.
Por que só agora se fala nele ?
Esta é uma pergunta interessante. O óleo de cozinha sempre esteve ao nosso lado, seja na fritura ou no tempero da salada, e só agora é que se começa a falar nos problemas que este causa. Por que isto?
Bom, na verdade já há algum tempo se fala sobre o assunto, porém só agora é que ele tomou força, principalemente na mídia. Outro motivo é o fato de que nossos rios estão praticamente esgotados pela poluição, tanto industrial quanto domiciliar. Mesmo os mananciais de onde é retirada a água que abastece os grandes centros urbanos ou estão poluídas ou em grande risco. Com mais escassez de água é claro que uma questão tão importante quanto a poluição provocada pelo óleo de cozinha começa a ser mais debatido, já que sua resolução não depende em si de grandes investimentos, mas da simples mudança de hábitos da população (o que em grande parte das vezes não é tão simples assim) e da ação de organizações que possam dar uma destinação mais apropriada através de atividades de certa forma simples, como o aproveitamento para produção de sabão, por exemplo, que pode ser feito inclusive em casa.
Como sempre a questão econômica é um dos fatores chave. Quanto mais contaminada é a água dos reservatórios que servem as cidades, mais caro fica o seu tratamento, além disto o entupimento dos sistemas de esgoto gera prejuízos. Como em inúmeros casos certos setores corporativos começam a perceber que sai mais barato preservarmos recursos e investir em educação do que ter de “consertar” as coisas.
Um outro fator é a tomada de consciência cada vez maior da sociedade civil quanto ao fato de que todos são responsáveis pelo meio ambiente, e que isto não é obrigação apenas de governos e empresas, e sim de cada um.
Como se aproveita atualmente o óleo usado ?
O óleo usado pode ser utilizado na produção de sabão em pedra, detergente, massa de vidro, biodiesel e até mesmo componentes para fertilizantes.
Amostras dos óleos encaminhados são tiradas e analisadas. Antes de seguir para a reciclagem o óleo passa por processos de filtração e desumidificação, a fim de retirar impurezas. Após etapas de aquecimento e desumidificação o óleo é classificado por acidez e índice de peróxidos e então encaminhado para a reciclagem.
Vamos falar um pouco sobre o Biodiesel, que é uma de suas destinações mais importantes.
Biodiesel

Segundo o Laboratório de desenvolvimento de tecnologias limpas de Ribeirão Preto, o biodiesel é um biocombustível 100% renovável e alternativo ao diesel derivado do petróleo, além de evitar o lançamento dos óleos usados diretamente na natureza, acarretando os malefícios já citados anteriormente.
Outras vantagens do biodiesel é evitar uma parte do lançamento de enxofre na atmosfera, substância presente no diesel de petróleo e que é um dos componentes para a chuva ácida, diminuir os índices de emissão de dióxido de carbono (CO2) e contribuir para a diminuição das importações de óleo diesel, tornando o país ainda mais auto-suficiente energeticamente.
Sua fabricação se dá através de um processo chamado transesterificação, que é uma reação química entre óleos vegetais (novos ou usados) e álcool de cana de açúcar ou metanol (álcool que tem origem no gás natural ou petróleo). Este processo permite que o biodiesel seja também biodegradável.
É cerca de 80% o aproveitamento do óleo usado na conversão para biodiesel, ou seja, 1 litro de óleo pode resultar em, aproximadamente, 800 ml de biodiesel. O processo também gera o glicerol, uma substância empregada nas indústrias e com usos farmacêuticos, alimentícios, perfumaria, plástico e muitos outros.
No Rio de Janeiro, o projeto PROVE já transforma o óleo de cozinha em biocombustível através de parcerias com cooperativas e secretaria de meio ambiente do Rio de Janeiro. Uma refinaria em Bonsucesso faz o processamento do óleo recolhido e, além de gerar renda para as cooperativas (estimativa de 2,7 milhões por ano), contribui para reduzir a poluição nos rios, da Baía de Guanabara e ajuda a diminuir o custo do tratamento da água.
O que fazer com o óleo usado ?
A primeira medida a ser tomada é armazenar as sobras da fritura em vez de jogá-la diretamente no ralo ou na lixeira. Este armazenamento pode ser feito em uma garrafa pet com tampa, por exemplo. Não utilize garrafas de vidro, pois esta pode quebrar e, além de derramar seu conteúdo, provocar acidentes.
Tudo bem, vamos armazenando e armazenando o óleo e daí? Vamos fazer um estoque em casa de garrafas cheias de óleo?
Claro que não, o passo seguinte é encaminha-lo para uma destinação adequada, seja para fazer biodiesel, seja para sabão ou outros. Existem Ongs que já trabalham com a reciclagem de óleo.

12 de setembro de 2012

RESÍDUOS ORGÂNICOS #2


Os resíduos orgânicos domésticos podem ter muito valor após a compostagem e a vermicompostagem. Após esses dois processos, os restos de comida, cascas de frutas, papéis, grama, restos de folhagens, restos de capina pó de café etc podem servir como excelentes fontes de nutrientes para as plantas, sem muito esforço e custo, e, inclusive, melhorar as condições do ambiente.
A compostagem consiste na primeira etapa para transformar os resíduos domésticos numa forma mais estável, seguida à vermicompostagem que além de acelerar o processo final de estabilização, promove melhor aparência ao adubo. Esse adubo orgânico quando adicionado ao solo,  melhora as suas características físico-químicas e biológicas, levando o solo a produzir por mais tempo e com mais qualidade. Esse adubo orgânico poderá ser utilizado para adubar plantas frutíferas e hortaliças, contribuindo para aumentar a produção de alimento em áreas urbanas.

RESÍDUOS ORGÂNICOS #1

Um dos problemas que vem atormentando grande número de Prefeitos em todo o Brasil é o destino do lixo produzido pela população. Logo chegará o momento em que estaremos completamente inundados pelos resíduos.

Todas as grandes cidades e proporcionalmente as pequenas têm procurado resolver os problemas da eliminação dos resíduos urbanos, tanto de esgotos como dos efluentes das depuradoras. Os aterros sanitários apresentam-se como soluções antiecológicas. Se os resíduos são incinerados, surge o problema da poluição do ar e o descarte das cinzas. Para o lodo dos esgotos, inabordável pelo processo de incineração, ainda não se encontrou uma solução que nos proteja sob o posto de vista ecológico.

No caso particular do lixo orgânico doméstico, sua coleta extremamente onerosa, local para bota fora, exigências e multas dos órgãos destinados à preservação do meio ambiente, resistência dos municípios vizinhos às grandes cidades em ceder terrenos para novos aterros sanitários, procura de restos de comida entre os detritos por pessoas carentes, proliferação de ratos, insetos, enfim uma série de problemas que precisam urgentemente ser resolvido em suas administrações.

O município de Pindamonhangaba dá um exemplo digno de ser imitado pelos demais, tendo inclusive recebido por duas vezes o prêmio como campeão mundial de reciclagem.
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As embalagens de alumínio, plásticos, papel, papelão e outros materiais estão sendo reaproveitados nas indústrias, oferecendo trabalho e renda aos catadores, diminuindo o custo da coleta e aliviando os aterros sanitários, a poluição do lençol freático, nascentes, rios e córregos.

Toda essa problemática pode ser resolvida com a utilização das minhocas, que em seu trabalho contínuo e silencioso, transforma toda e qualquer matéria orgânica em decomposição, inclusive o lodo das estações de tratamento de esgotos, em excelente adubo orgânico, o HÙMUS.

Haja visto que algumas administrações italianas, (Pistoia, Forlimpopoli, Carpi e outras), em Berna na Suíça, São Francisco, EUA e no Japão existem importantes instalações que transformam diariamente mais de 2000 toneladas de cavacos de madeira e outros resíduos, utilizando as minhocas em sus eliminação.

Há ainda a ressaltar que a utilização das minhocas é absolutamente inodora, pode ser instalada em qualquer lugar e qualquer material orgânico em decomposição, seja esterco, lixo ou lodos residuais não emitirão nenhum odor a partir de 24 a 36 horas posteriores à colocação das minhocas na quantidade adequada.

Contudo no Brasil só temos ouvido falar na reciclagem do LIXO INORGÂNICO, que representa em média 20% do total doméstico coletado.

Por que não reciclar também o ORGÂNICO BIODEGRADÁVEL, mais poluidor, e que representa cerca de 80% do total?

Se a população fosse orientada e estimulada a reciclá-lo em seu próprio domicílio o talvez o problema estivesse solucionado.

Esta seria naturalmente uma condição ideal, porém inatingível pela impossibilidade de alguns, como os edifícios de apartamentos, mas que iría minimizar o problema, isso temos absoluta certeza, principalmente nas pequenas cidades onde o número de edifícios em condomínio é reduzido.

A reciclagem domiciliar é mais simples do se imagina. Basta separar, os materiais biodegradáveis como descarte de verduras, cascas de frutas, pó de café, erva de chimarrão, aparas de grama, folhas de árvores, e até o papel higiênico, enfim tudo o que é biodegradável e não é reutilizado nas indústrias, colocá-lo em uma simples câmara por nós imaginada, no fundo do quintal, já inseminada com minhocas, que transformarão o lixo orgânico em húmus, o melhor adubo natural conhecido há mais de 3000 anos no antigo Egito, que será aproveitado em hortas domésticas, jardins, floreiras, etc. e pelos pescadores que terão à sua disposição as preciosas minhocas para iscas.

O excedente coletado pela prefeitura seria reciclado em pequenas usinas e minhocários próprios, oferecendo inclusive trabalho a pessoas carentes, e o húmus, utilizado em jardins, parques, praças e hortas comunitárias.

Com a economia na coleta poderiam ser oferecidos alguns incentivos aos munícipes, como o fornecimento do “Kit” de reciclagem e algum desconto no IPTU para aqueles que reciclassem correta e permanentemente o seu lixo. Temos a certeza que no balanço final o resultado seria positivo para a administração municipal, tanto econômica como social e politicamente.

Há quinze anos venho estudando esse problema, e há dois meses testando o “Kit” em minha residência, tendo reduzindo a zero sua colocação na via pública, para coleta do lixo orgânico.

Basta apenas “vontade”... dos prefeitos em reduzir o faturamento das empresas encarregadas da coleta, ampla divulgação e o problema dos aterros sanitários estará praticamente solucionado ou pelo menos, minimizado.

11 de setembro de 2012

ECONOMIA NA RECICLAGEM

Brasil poderia economizar R$ 32 bilhões por ano, se todos os resíduos fossem reaproveitados. A conta é do pesquisador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) da Coppe/UFRJ, Luciano Basto, que participou, nesta sexta-feira, do painel  “Consumo, Resíduos e Reciclados: o Luxo e o Lixo”, em conferência promovida pela Coppe/UFRJ, na Cidade Universitária. Segundo Basto, o ganho poderia ser até maior se o país investisse na economia de água durante o processo produtivo da indústria  nacional.
A Coppe/UFRJ tem desenvolvido diversos projetos de reaproveitamento de resíduos, a exemplo de usinas que transforma lixo em energia e esgoto em biogás; e no processo de uso de resíduos da cinza de bagaço de cana em uma mistura para ser usada junto ao cimento, reduzindo assim a emissão de CO2 na atmosfera. O professor Romildo Toledo, professor do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ, também presente ao evento, explicou que os resultados obtidos até agora mostram que é possível misturar até 10% de cinza ao cimento com um pequeno aumento na qualidade, em comparação com o cimento convencional; e até 20%, mantendo a qualidade do produto original.
 Para o presidente da Associação de Catadores de Material Reciclável de Jardim Gramacho, Tião Santos, o mundo ficou pequeno para tanto lixo: “A reciclagem é a saída para diminuir o impacto ambiental e social. No Brasil, que ainda não chegou ao estágio de ter apenas aterros sanitários, a reciclagem surgiu no combate à pobreza. É preciso romper o preconceito diante do lixo, mostrar que reciclá-lo é coisa de gente inteligente.”
 A professora do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Alessandra Magrini, ressaltou, entretanto, que deve-se também investir na redução da geração  de resíduos, com princípios de química, e engenharia verde, otimizando plantas industriais. “Também podemos melhorar os produtos, com ecodesign e a previsão de que possam ser reciclados em partes.”
Transportes  – Em outro painel, foram debatidas alternativas para a sustentabilidade das cidades. Transportes foi apontado como o maior vilão da atualidade no tocante à mobilidade urbana. Segundo o professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Márcio D´Agosto , seria possível reduzir em até dez vezes o consumo de energia no Rio de Janeiro caso a população passasse a utilizar mais transporte público
 “Basta levar em conta que, em média, um automóvel percorre dez km com um litro de combustível transportando apenas uma pessoa, enquanto um ônibus percorre 2,5 km por litro, com 60 pessoas”, disse o professor.

RECICLAR PODE SER UMA SOLUÇÃO PARA DIMINUIR ATERROS SANITÁRIOS

Reciclar o lixo faz parte de uma proposta para melhorar a vida de todos. Quando você não separa adequadamente, muitos materiais que poderiam ser reaproveitados acabam tomando o destino errado.
Materiais que não podem ser reciclados vãos para aterros sanitários, onde se decompõem naturalmente. Quando esses aterros são projetados da maneira adequada, eles causam menos problemas para a sociedade e a natureza. No entanto, no Brasil há grande número de aterros irregulares que prejudicam o meio ambiente, a saúde das pessoas que moram perto deles e, além disso, possuem um odor extremamente desagradável.
Segundo um levantamento do IBGE, 60% das 230 mil toneladas de resíduos domiciliares e comerciais recolhidas a cada dia no país são encaminhadas para esses lixões irregulares. Já 40% deste total chega aos aterros oficiais, muito embora, entre estes, somente 11% funcionam de forma adequada (Fonte: IBGE).
Daí mais uma importância de separar corretamente o lixo. Quanto menores os aterros sanitários, menos problemas para toda a sociedade. Isso só auxilia sua vida e a das pessoas que você gosta.

ATERROS SANITÁRIOS, O POPULAR LIXÃO, SOLUÇÃO MENOS INTELIGENTE

A construção de aterros sanitários em municípios é um assunto polêmico e bastante debatido entre os profissionais das áreas que se referem ao meio ambiente.
Após a edição da Lei de saneamento básico, criada pelo Governo Federal, no início deste ano (Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007), muito tem se discutido sobre saneamento ambiental e resíduos sólidos em todas as regiões do território nacional. E, contudo, e por pressão e questionamentos da sociedade, os governantes precisam criar soluções eficientes para o destino desses resíduos que são consumidos diariamente por cada um de nós e pelas nossas organizações.
Leigos no assunto acreditam que a implantação de um aterro sanitário é a solução para os problemas de resíduos inaproveitáveis, porém, especialistas na área confirmam que esse recurso só deve ser utilizado em último caso, pois, tudo o que é jogado fora pode ser reaproveitável, seja transformado matéria orgânica em compostagem, ou “lixo” em materiais recicláveis.
Um grande aterro sanitário no meio do município, onde todo resíduo sólido será depositado, não é a solução mais cabível para resolver o problema do lixo. Pensar que a biorremediação é uma proposta melhor para o destino final dos resíduos é subestimar a capacidade intelectual da sociedade que espera por melhorias conscientes. E utilizar o material jogado fora como fonte de energia ou transformá-lo em algum material aproveitável, seria algo consciente e eficaz das nossas autoridades.
Há tempos, a população de Rio do Sul rejeita obras desse porte e a maior prova disso é o lixão, em funcionamento até pouco tempo, situado no bairro Fundos Canoas. Está mais do que na hora de mudar a realidade desses moradores e propor alternativas tecnológicas e economicamente mais significativas. A base desta mudança pode começar pela gestão do lixo local, através da mobilização social e educação ambiental, no território da bacia hidrográfica do município de Rio do Sul.
Além disso, o aterro sanitário é preocupante porque é o grande causador da poluição hídrica, uma vez que todo chorume, produzido em grande quantidade nos aterros, é despejado nos rios. Seu grande volume e poder poluidor, medido em DBO (demanda bioquímica de oxigênio), na maioria das vezes não é convenientemente tratado, seja por dificuldades técnicas, falta de investimentos ou má avaliação geológica das possibilidades de tratamento. E, ainda que fosse tratado, a centralização dos grandes aterros sanitários gera impactos profundos com transporte, sem o menor retorno sócio-econômico, gerando apenas despesas para sua manutenção.
O aterro sanitário é uma boa opção para as empresas privadas menos conscientes, que não sabem da importância de reciclar e acreditam que confinar materiais em baixo da terra, contaminando o ambiente, é a maneira mais rápida e prática de obter lucro sem se preocupar com as conseqüências.       
Ao contrário, nós, agentes ambientais conscientes e preocupados com o futuro das próximas gerações, queremos o contrário: reaproveitar e transformar a maior quantidade possível de lixo e assim gerar empregos, desenvolver tecnologias, estimular empresas, descentralizar, economizar energia e matéria prima.
Claro que isso não é uma tarefa fácil. A gestão do lixo é um conjunto de atividades complexas que inclui desde a diminuição do próprio volume de lixo produzido, através da mudança de hábitos sociais e de procedimentos industriais até a alteração da legislação ambiental, visando uma política de incentivos ao desenvolvimento de empresas nesta nova área.
Não obstante disso, podemos contar com as novas tecnologias e inovações na área ambiental que geram o mínimo de passivos ambientais e oferecem um destino apropriado aos resíduos, além de não comprometerem o meio ambiente, eliminando lixo urbano e contribuindo para o controle do aquecimento global.
Um exemplo são as tecnologias que reduzem os resíduos sólidos em farelo, sem que ele seja desperdiçado e que ainda pode ser reaproveitado. Com um processo de triagem, trituração e aquecimento do lixo, o resultado final é uma matéria-prima com um volume 80% menor dos resíduos iniciais e sem contaminação do solo e do ar.
Isso sem contar com a geração de energia, que oferece a possibilidade de render créditos de carbono no Mecanismo de desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto (1997), isso permite que países industrializados invistam em projetos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa em países em desenvolvimento.
Mais do que nunca, está na hora de mudarmos o quadro ambiental que se torna cada vez mais agravante em grandes e pequenas regiões do Brasil e do mundo. Devemos e podemos começar dando o exemplo pelo nosso município. É preciso investir na mobilização social, mas na mobilização social inteligente. Está aí a grande e central questão, não somente para a questão do lixo, quanto para o controle às epidemias, para a promoção da saúde, para administrar melhor a cidade, para alcançar a plena cidadania em todas as frentes. O que precisamos é de uma nova e moderna gestão do lixo na administração pública. A população está sedenta por políticos comprometidos com seus cargos e funções e que representem a população e apresentem soluções, não a curto prazo, mas soluções cabíveis.
Olhar com dedicação os problemas ambientais se torna cada vez mais importante e por que não dizer um dever de nossas autoridades, principalmente, nos dias atuais, em que a conscientização está sendo discutida e exigida pela maioria dos cidadãos que estão sentindo na pele que é preciso preservar e se conscientizar dos efeitos causados pelos homens ao meio ambiente. É preciso que os políticos, representantes do povo no poder, se envolvam nesse nicho ambiental e criem mecanismos para solucionar este problema da vida urbana atual

10 de setembro de 2012

COMO DESCARTAR MEU ÓLEO DE COZINHA USADO


Como descartar seu óleo de cozinha corretamente
O óleo vegetal, ou óleo de cozinha, é altamente poluente, por isso o descarte consciente deste resíduo é extremamente necessário para evitar a contaminação dos rios ao ser despejado nas redes de esgoto. Clique nos links abaixo e conheça onde poderá ser descartado de forma adequada o óleo utilizado.

Onde posso descartar?
Existem centenas de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) de óleo de cozinha usado espalhados pelo Brasil. Somente na Grande São Paulo, o Instituto Triângulo disponibiliza 55 PEVs instalados em escolas e supermercados e outros locais onde há grande circulação de pessoas, facilitando o descarte consciente deste material. Clique aqui e confira a lista dos PEVs Triângulo.
O óleo usado deve estar armazenado em garrafas PET ou de plástico, que evitam o vazamento de seu conteúdo. Não existe uma quantidade mínima a ser descartada, mas é aconselhável que o vasilhame não ultrapasse 3 litros.
 
PEV Fechado - Condomínios residenciais e grandes empresas também podem ter seu próprio PEV e reservá-lo para o uso restrito dos moradores e/ou funcionários do local. O Instituto Triângulo oferece todo o suporte para que isso seja feito, comprometendo-se a recolher os vasilhames de óleo conforme agendamento prévio.
Observação: o Instituto Triângulo não aceita a entrega de gordura vegetal hidrogenada e gordura animal, somente óleo de origem vegetal (soja, milho, canola, girassol, algodão etc).
 
Bares, lanchonetes e restaurantes, por exemplo, devem solicitar a coleta em seus estabelecimentos, mediante agendamento. O óleo usado deve ser armazenado em recipientes plásticos de 50 litros, sendo que a quantidade mínima para se pedir a coleta é de 40 litros.
O Instituto Triângulo realiza a coleta do óleo usado no Grande ABC Paulista e em São Paulo e disponibiliza os recipientes plásticos, mediante um termo de responsabilidade, contra o caso de o recipiente sofrer algum dano.
Observação: o Instituto Triângulo não aceita a entrega de gordura vegetal hidrogenada e gordura animal, somente óleo de origem vegetal (soja, milho, canola, girassol, algodão etc).

CARROS ELÉTRICOS, UMA ALTERNATIVA SUPER SUSTENTÁVEL

Carro ElétricoO aquecimento global é um tema que está sempre presente em conversas, momentos em grupos dedicadas à preservação da natureza e principalmente em reuniões ambientais, encontros com chefes de estados e até mesmo nas conversas de nosso dia a dia. Quando a questão é tratada no âmbito da tecnologia, já percebemos que este tema também chegou as principais montadoras de carros do mundo; algumas, já se mobilizam há anos para diminuir os impactos ambientais de seus carros. Um exemplo disso são os carros elétricos, já muito divulgados em todo o mundo.
Os carros elétricos contribuem de forma direta para preservação do meio ambiente, pois, como funcionam à energia recarregável através de suas baterias, não emitem gases como o CO² que é um dos principais vilões do clima no mundo. Esses carros ainda mantêm um valor elevado em comparação aos carros movidos a combustível tradicional. Entretanto, muitos governos têm incentivado sua fabricação por conta da economia e sustentabilidade Um exemplo disso é o que ocorre nos EUA, onde o Governo Federal repassa à população, em incentivos fiscais, até 7 mil dólares para compra de carros elétricos.
Um bom exemplo de carro eficiente e ecologicamente correto é o carro Eliica cujo projeto foi desenvolvido por um grupo de estudantes da universidade de Keio em Tókyo Sob a liderança do professor Hiroshi Shimizu. Este carro tem oito rodas, um motor elétrico de 80 cavalos cada, o que soma 680 de potência.
Além de muita potência, o Eliica é um exemplo de “carro verde“, sua potência (vai de 1 a 100 Km/h em quatro segundos), é aliada à contribuição no combate a deterioração do meio ambiente no mundo. Salientamos que toda essa potência é usada sem agredir o meio ambiente e o planeta.
Nos próximos anos, os carros elétricos certamente serão os maiores aliados na preservação do meio ambiente no mundo. O valor também, após sua popularização, diminuirá proporcionando assim, à adesão do carro por muitas pessoas. Para quem já pode desfrutar de um carro deste porte, sem dúvida é a melhor opção de compra, pois o investimento terá um retorno econômico e em termos de uma vida mais saudável para você e todo o planeta.

 

PESSOAS QUE DISSERAM "EU POSSO": DOROTHY MAE STANG, IRMÃ DOROTHY

Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy (Dayton, 7 de junho de 1931 — Anapu 12 de fevereiro de 2005) foi uma religiosa norte-americana naturalizada brasileira. Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica internacional reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco continentes.

 Biografia

Ingressou na vida religiosa em 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).
Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão.
Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.
Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.
A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa e consequente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.
Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.
Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.»
Ainda em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (secção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos. Em 2005, foi homenageada pelo documentário livro-DVD Amazônia Revelada.

Assassinato

A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com seis tiros, um na cabeça e cinco ao redor do corpo, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, à 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasl.
Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou «eis a minha arma!» e mostrou a Bíblia. Leu ainda alguns trechos deste livro para aquele que logo em seguida lhe balearia.
No cenário dos conflitos agrários no Brasil, seu nome associa-se aos de tantos outros homens, mulheres e crianças que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.
O corpo da missionária está enterrado em Anapu, Pará, Brasil onde recebeu e recebe as homenagens de tantos que nela reconhecem as virtudes heróicas da matrona cristã. Ela sem dúvida foi um exemplo de vida.
O fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do crime, havia sido condenado em um primeiro julgamento a 30 anos de prisão. Num segundo julgamento, contudo, foi absolvido. Após um terceiro julgamento, foi novamente condenado pelo júri popular a 30 anos de prisão.
Cquote1.svgNão vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.

6 de setembro de 2012

ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL #2 - ALIMENTAÇÃO BIOLÓGICA

Tendo em conta que os produtos relacionados com a alimentação são responsáveis por 20 a 30% dos impactes ambientais, os alimentos biológicos, amigos do ambiente e da saúde dos consumidores, devem ser uma escolha privilegiada. São provenientes da agricultura biológica, um modo de produção ecológico, sustentável e socialmente responsável.
À partida, os produtos biológicos garantem ao consumidor que:
  • não são irradiados, geneticamente modificados (OGM), nem contêm resíduos resultantes da aplicação de pesticidas;
  • no caso dos produtos de origem animal, é respeitado o bem-estar animal e são minimizados os riscos de transmissão de doenças e de resistência a antibióticos.

ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL #1


Uma alimentação sustentável tem que ter em consideração critérios ambientais, éticos, sociais e de saúde humana
A expressão ‘bem sustentável’ aplicada à alimentação remete para uma alimentação que respeita simultaneamente os seguintes critérios:
  • ambientais, com a finalidade de reduzir o impacte do nosso modo de produção e de consumo alimentar sobre o ambiente;
  • éticos, que permitem sobretudo uma melhor distribuição das riquezas ‘Norte/Sul’ mediante uma remuneração justa dos produtores;
  • sociais e de acesso a alimentação a preços abordáveis;
  • saúde, pelo consumo de bens que sejam benéficos para o bem-estar da saúde humana.

Quais os critérios a reter?

Nem sempre é fácil determinar quais são os critérios prioritários da compra. De facto, é impossível encontrar um produto proveniente do comércio justo que seja igualmente biológico, produzido em Portugal e pouco embalado. Só nos resta fazer escolhas diferenciadas segundo as categorias de produtos. O café, por exemplo, não é produzido na Europa, podemos comprá-lo no comércio justo. Em contrapartida, para as batatas e peras é preferível escolher produtos locais e biológicos.