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16 de janeiro de 2013

VOCÊ QUERIA VIVER PRESO?


Pássaros em gaiolas: chegou o momento da mudança

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“A Polícia Militar prendeu uma mulher, na manhã deste sábado (19), que mantinha pássaros silvestres dentro de casa, na quadra 803 do Recanto das  Emas, no Distrito Federal. Segundo a polícia, foram apreendidos dois pássaros pretos, um sabiá laranjeira, um papa-capim e um colerinha baiana.” – texto da matéria “Mulher é presa por manter pássaros silvestres em residência, no DF”, publicada em 19 de maio de 2012 pelo portal G1
passaro gaiola renata diem Pássaros em gaiolas: chegou o momento da mudança
Encarcerar a liberdade: hábito  / Foto: Renata Diem
Não vou criticar a ação da Polícia Militar do DF. Muito pelo contrário. A corporação está fazendo seu trabalho; cumprindo sua obrigação. O que pretendo, ao destacar essa notícia, é propor uma reflexão.
Não há quem não conheça, no Brasil, pessoas que mantêm pássaros em gaiolas. Seja na cidade grande ou nos vilarejos, em zona urbana ou nas propriedades rurais, o hábito de criar aves em cativeiro está disseminado pelo país. É cultural.
Agora, imagine se as polícias e o Ibama realmente começarem a apreender todas as aves que vivem ilegalmente nas gaiolas e puleiros espalhados pelas casas. Não ia ter lugar para abrigar todos os animais – os centros de triagem e recebimento de animais silvestres já estão precários e superlotados…
A fiscalização e a repressão ao tráfico de animais passam pelas mãos da polícia, mas o problema não será resolvido por essa via. A imprensa noticia tais ações e não cobra do poder público trabalhos efetivos para resolver o problema.
E sabe o porquê não cobra? Por que é ignorante e conhece o tráfico de animais superficialmente.
Ninguém fala ou escreve pela mudança das leis fracas para esse crime ou toca na educação ambiental. Pela necessidade de conscientizar as pessoas de que lugar de bicho é no mato, cumprindo suas funções ecológicas.
charge Junião tráfico 600x450 Pássaros em gaiolas: chegou o momento da mudançaO poder público e a imprensa não mostram para a população que a retirada de 38 milhões de animais silvestres da natureza por ano, no Brasil, pelo tráfico reflete na vida de outros milhões de animais e plantas por causa da importância de cada um na cadeia alimentar, na teia alimentar a que pertence.
O hábito de manter aves em cativeiro é cultural. Mas a cultura não é estática e se modifica de acordo com as mudanças do pensamento humano. E chegou a hora desse traço cultural brasileiro (e mundial) mudar na direção da valorização da vida silvestre livre.

PÁSSARO EM GAIOLA = TRISTEZA


Pássaros em gaiolas: receitas de liberdade

Dizem que passarinho de cativeiro morre se for solto da gaiola. Morre nada, quem diz-quê? Se morrer, livre lá do alto, leva menos tempo para chegar ao céu. Afinal, que graça pode ter um pássaro atrofiado dentro de uma gaiola, tanto para o próprio quanto para quem o vê?
Estou convicta de que, assim como as touradas na Espanha, a cultura da gaiola no Brasil já devia ter acabado. Confesso que gosto de soltar passarinhos dos outros, sem que ninguém me veja. Um delito irresistível. Desde a infância, seguramente, já libertei bem uns 80. Cheguei a comprá-los para soltar, sem saber, ainda criança, que estava alimentando esse mercado cruel. Para isso gastava todo o meu dinheirinho.
Pratiquei muito e posso dizer: existem duas formas de soltar passarinho nessa vida. A mais indicada é virar a gaiola de cabeça para baixo. O passarinho sobe e sai, sem trauma. Mas cuidado: o bebedouro e o alpiste podem derramar. Mas se a gaiola estiver presa ou for grande demais, aí é na raça. Tem de ser rápido: você dá uma olhada geral, mete a mão e torce para o pássaro se debater menos que da última vez. Negociar a liberdade dele seria mais razoável, porém muito arriscado. Se o dono não topar, você não vai mais poder libertá-lo sem levantar suspeitas. E provavelmente o passarinho vai ser trancado num quartinho de castigo, mais seguro. Duas coisas: suavidade e precisão ao agarrá-lo para não machucar as asas, e sair de perto da cena do crime assim que botar a mão no bicho. Depois, dê uma boa olhada nele, um carinho, levante os braços e abra as mãos, simplesmente.
Já os malditos poleiros de papagaios também não fazem sentido, assim como os próprios papagaios cativos. Silvestres, são retirados dos ninhos naturais e não se reproduzem em cativeiro, nem jamais se adaptam a ele. Sofrem muito antes mesmo de chegarem ao primeiro dono. Mesmo assim, soltá-los pode significar uma crueldade ainda maior. De asas cortadas ou atrofiadas pela falta de uso, a maioria não sabe voar, sequer pousar. Caem no chão, batem o bico, e lá ficam.
Pouca gente sabe, papagaios vivem 50, 60 anos. Por isso acabam sempre passados para frente ou abandonados em áreas de serviço frias e deprimentes. Eles morrem mais de tristeza do que de maus-tratos diretos, um tipo de mal de melancolia parecido com o banzo, que mata gente. Ganhei um de herança, há 6 anos. A dona se mudou e não pôde levar o bibelô, que
virou mala-sem-alça. Nunca imaginei ter um, sou contra. Fiquei com ele porque tive medo do que o destino pudesse lhe reservar depois da minha recusa. Sei que as histórias de papagaios são sempre tristes.
Como a maioria, o meu louro teve muitos donos e desventuras. Até onde eu sei, ele ficou três anos preso em uma gaiola de metal com pesadas correntes, para garantir o cativeiro do condenado. Não satisfeito, o antigo dono vinha, como se ele fosse uma galinha, abria suas asas num toco e metia o facão. Depois ele mudou de dono e de grilhão: foi para um poleiro de 20cm por 20cm sem nunca ter sido retirado, confinado em uma garagem de ferramentas escura, sem nenhuma janela “era o quartim”. Puxou 8 anos nessa solitária. Quando me foi dado, o louro estava depenado, seu pescoço estava mole, não emitia nenhum som, não reagia a nenhum estímulo a não ser encolher-se à luz do sol. Foi quando ele conheceu o sítio.
Passou um mês sem sair do mesmo galho, quando comecei a reabilitá-lo. Depois, todos os dias em uma árvore frutífera diferente. A pegada das patas foi ficando mais forte para alcançar outros galhos. Só descia às cinco da tarde, quando esfriava, chamando alguém para levá-lo para dormir no quentinho. Até hoje é assim. Vetei o corte das asas e das unhas, que garantem a firmeza da pegada. Troquei a corrente por uma cordinha de náilon. Mas percebi que atrapalhava seus movimentos e prendia nos galhos. O resgate era sempre difícil. Depois aprendeu a pousar. Hoje ele vive de árvore em árvore, e até se aventura perigosamente fora da cerca, no cerrado. Volta à tardinha. Outro dia tive de procurá-lo, desaparecido havia três dias. Por sorte estava com uma boa senhora, em uma chácara afastada. Prova frutinhas e sementes de todo tipo. Canta muito. Adora uma conversa. Outro dia tinha uma lagarta no bico. Fiquei feliz porque encontrar uma fonte de proteína para o louro era uma preocupação.
A última coisa que fiz foi tirar o anel de metal preso à canela. Esta lhe deformou a pata. Quando ficou completamente livre dos ferros, o louro passou o dia todo olhando para baixo, abrindo e fechando a garra, cantando sem parar. Aí escolhi seu nome: Garrincha, pelo gesto e pelo defeito na canela. O nome de antes, até aquele dia, não fazia sentido. Pavarotti. Mas recentemente descobri que o meu louro é fêmea. Ficou de novo sem nome. Que tal a liberdade?
Fonte: O Eco – www.oeco.com.br
Autora: Carolina Mourão – 28.08.2005

DICA PARA REAPROVEITAR PNEUS VELHOS


439536 Pneus usados na decoração dicas fotos 2 Pneus usados na decoração: dicas, fotosPneus usados na confecção de móveis.
reciclagem se apresenta como uma das formas de mudar a decoração e permite ainda que os moradores façam economia de dinheiro. Ao reaproveitar materiais recicláveis, é possível fazer mudanças criativas e de bom gosto dentro de casa, além de favorecer a criação de um visual personalizado para cada ambiente.
pneu usado, sendo ele de moto, carro ou bicicleta, pode ajudar a compor uma decoração sustentável e moderna. Este objeto que serve para o transporte costuma ficar abandonado no quintal servindo de habitat para mosquitos da dengue, mas através da reciclagem ele pode adquirir uma nova finalidade.
Existem muitas formas de usar pneus velhos na decoração, mas antes de trabalhar com técnicas artesanais, é importante lavar as peças e remover todos os resíduos. Independente se o pneu apresenta muito desgaste, ele contará com uma nova função na estética da casa.


DESCARTE DE PNEU VELHO



Falta de incentivos é problema na hora de descartar pneus

Especialista na área critica postura dos governos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) entra em vigor no Brasil a partir de 2014, mas um importante material na sociedade, o pneu, já tem leis específicas para o seu descarte. No entanto, esse avanço caminha a passos lentos para sair do papel. De acordo com o engenheiro mecânico Carlos Lagarinhos, doutor no assunto pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a destinação adequada para os pneus inservíveis ainda deixa a desejar no Brasil.
Inservíveis são os pneus que não têm mais utilidades para rodar em automóveis, ônibus ou caminhões. Apesar de duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) obrigarem os fabricantes e importadores a dar uma destinação adequada para pneus que não servem mais, as regras não estão surtindo o efeito desejado, principalmente devido à falta de incentivos, de acordo com Lagarinhos.
“No Brasil, as atividades de reutilização não são regulamentadas e não existem incentivos para a reciclagem ou utilização de matéria-prima de pneus inservíveis”, apontou o especialista à Agência Brasil.
De 2002 a abril de 2011, o descarte inadequado correspondeu a 2,1 milhões de toneladas do produto. Nesse período, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas de descarte estabelecidas, os fabricantes, 47,3% e, os importadores de usados, 12,92%.
No país, é possível encontrar pneus jogados em lixões, rios, ruas e, até mesmo, no quintal das casas, o que pode ocasionar problemas ambientais e, até mesmo, de saúde – o mosquito transmissor da dengue, por exemplo, se reproduz em água parada alojada, muitas vezes, em pneus velhos.
Lagarinhos observou que o alto custo da coleta e do transporte de pneus descartados é a principal dificuldade para a destinação correta desse material. Outro problema levantado pelo pesquisador é que há falta de conhecimento dos consumidores sobre o destino que deve ser dado aos pneus usados.
Asfalto-borracha e Reciclanip
Uma das saídas apontadas por Lagarinhos como solução para o problema seria o aproveitamento de pneus usados como componente para asfalto. “De 2001 a 2010, somente 4,9 mil quilômetros foram pavimentados com asfalto-borracha. Existe uma série de vantagens para a sua utilização, como aumentar a vida útil do pavimento em 30%, retardar o aparecimento de trincas e selar as já existentes, e aumentar o atrito entre o pneu e o asfalto, entre outros", explicou. Falta de incentivos também é problema.
Outra forma de amenizar danos é a Reciclanip, onde os fabricantes nacionais se unem para a coleta e destinação adequada. Ela foi criada em 1999 por representantes das empresas Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, e que a partir de 2010 passou a contar com a Continental.
A entidade afirma ter coletado e destinado, de forma ambientalmente correta, o equivalente a 56,3 milhões de unidades de pneus de carro de passeio (280 mil toneladas) de janeiro a outubro de 2011. Segundo a Reciclanip, levando-se em conta o início do trabalho, no ano de 1999, este número chega a 1,82 milhão de toneladas de pneus inservíveis, que corresponde a 364,3 milhões de pneus de passeio.
Ainda segundo a organização, os fabricantes de pneus investiram US$ 154,4 milhões no programa até outubro de 2011.