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3 de março de 2011

Viver sem isopor, EU POSSO!


Material de mil utilidades, o poliestireno expandido, mais conhecido como isopor, chega às nossas casas sob diversas formas: desde bandejas que acompanham alimentos como carne, legumes e frios, até como componentes de embalagens de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos. Quimicamente, o isopor consiste de dois elementos, o carbono e o hidrogênio. Por ser um plástico celular e rígido, ele tem as vantagens de poder apresentar-se numa grande variedade de formas e de ter aplicações bastante diversas.
Muito bom, não é? Isso tudo seria ótimo se ele não fosse tão danoso ao meio ambiente e difícil de reciclar. As razões são várias.
Um dos problemas do isopor é sua composição: 98% de ar e 2% de plástico. Isso quer dizer que, quando derretido, o volume final do isopor cai para 10% do que foi coletado. Por essa razão, a maioria das cooperativas e empresas do setor de reciclagem sequer aceita doações, ao menos de pequenas quantidades do produto. E muito menos se dispõem a coletá-lo, já que, devido à sua baixa densidade, ele ocupa muito volume, o que encarece seu transporte e, conseqüentemente, a sua reciclagem, exigindo quantidades muito grandes para se viabilizar economicamente o processo como um todo.
Quando não vai para reciclagem o isopor pode provocar diversos prejuízos. Se for destinado ao lixo, pode levar, conforme estimativas, 150 anos para se decompor. Nos aterros sanitários, além de ocupar muito espaço e saturar com mais rapidez as áreas destinadas ao lixo, o que exige grandes investimentos públicos para a construção de novos aterros, a compactação causada pelos restos de isopor prejudica a decomposição de materiais biodegradáveis. E se for para lixões, estará deixando seu rastro no ambiente por um longo período de tempo.
Se jogado em rios e mares, as pelotas de isopor – produto do esfacelamento desse material – são ingeridas por cetáceos e peixes ao serem confundidas com organismos marinhos, e, muitas vezes, acabam por matá-los.  
Por fim, se for queimado, o isopor libera gás carbônico contribuindo, portanto, para a poluição do ar e para o aquecimento global.
Reduzir ou Substituir
Por todas essas razões, Patrícia Blauth, da Consultoria Menos Lixo – Projetos de Educação em Resíduos Sólidos, recomenda que se evite comprar produtos armazenados e transportados com isopor.  Segundo ela, diversos usos para o isopor  são bastante questionáveis, como “as bandejinhas de frios, frutas e legumes, por exemplo, têm função meramente decorativa”, declara. Esse uso poderia ser substituído por outro material ou simplesmente eliminado sem prejuízos ao consumidor e com um enorme benefício para o meio ambiente, argumenta a pesquisadora. Nesse caso, o consumidor pode pedir no supermercado que seus produtos sejam embalados na hora e sem a inclusão da bandejinha de isopor.
No caso de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, geralmente embalados com isopor para evitar danos aos produtos durante o transporte, o consumidor pode dirigir um questionamento à empresa fabricante indagando se o uso do isopor não poderia ser substituído ou mesmo dispensado. Se muitos consumidores fizerem a pergunta, com certeza as empresas buscarão formas de substituir o isopor. Ao adquirir um produto de pequeno porte, retirado na própria loja onde foi comprado, o consumidor pode deixar o isopor no local. No caso de produtos maiores, entregues em casa, pode-se pedir ao entregador que leve o isopor das embalagens de volta à loja. Isto certamente vai fazer com que os lojistas pressionem os fabricantes a substituir o isopor de suas embalagens por outro material que seja mais amigável ao meio ambiente.
Muitos restaurantes e lanchonetes adotam embalagens descartáveis de isopor. O consumidor, também nesse caso, pode sugerir ao estabelecimento para que  substitua o isopor por materiais que sejam no mínimo recicláveis. Ou o consumidor pode passar a privilegiar os estabelecimentos que utilizam xícaras e copos reutilizáveis, influenciando seus amigos e familiares a fazer o mesmo, indicando aos estabelecimentos que esta é a sua preferência.
Produção da bioespuma: uma alternativa ao isopor
Algumas indústrias vêm apostando na substituição do isopor por uma solução biodegradável: a bioespuma. Obtida a partir de produtos naturais renováveis, derivados de plantas e sementes como cana-de-açúcar, soja, mamona e coco, também tem a vantagem de se degradar facilmente no meio ambiente. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em parceria com a empresa Kehl Polímeros, de São Carlos no interior de São Paulo, desenvolveu uma bioespuma que se decompõe em, no máximo, dois anos, na presença de oxigênio. Sem oxigênio, o tempo de decomposição é de três anos.
O material pode substituir o isopor em diversas aplicações, como embalagens de produtos eletrônicos, bandejas de alimentos e substrato para a plantação de mudas na área agrícola.
O descarte da bioespuma, por ser composto de produtos naturais, vai gerar lixo de material orgânico e, conseqüentemente, o malfadado gás metano que é altamente poluente. Como é sabido, isto ocorre na decomposição de qualquer material orgânico. Assim, mesmo se degradando mais rapidamente que o isopor, a bioespuma também será responsável por poluir. Por esta razão, o excesso de embalagens descartáveis, mesmo que biodegradáveis, permanece sendo um grande problema.  
Outra substituição bastante usada pela indústria como alternativa ao isopor é a polpa moldada (como as de caixa de ovos) feita a partir de papel reciclado e reciclável.
Para a professora Mara Lúcia Dantas, do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ainda são necessários ajustes na formulação da bioespuma. Ela explica que um dos problemas é que as espumas feitas de produtos naturais podem atrair roedores e insetos aos armazéns de estoque.  
Mesmo diante dessas possibilidades de substituição, para Patrícia Blauth, da Consultoria Menos Lixo, a melhor alternativa ainda é a redução no consumo de embalagens. Ela lembra que todo consumo gera impacto e que “no caso das soluções biodegradáveis, o impacto é também sobre a agricultura aonde a prioridade deveria ser a de plantar alimentos e não a de criar mais embalagens, muitas delas desnecessárias”.                                        
Rede varejista aposta na reciclagem
Responsáveis por comercializar boa parte das 36,5 mil toneladas do material consumido no país (dado referente a 2006), as grandes redes varejistas do país têm se preocupado com a reciclagem das embalagens. O motivo é que são encontrados nas prateleiras dos supermercados inúmeros produtos com embalagens de isopor que são entregues principalmente pelas indústrias de alimentos.  Por isso, algumas redes de supermercado tem participado de projetos que não visam lucros, mas sim reduzir o impacto das embalagens de isopor no meio ambiente e incentivar o trabalho de cooperativas de reciclagem que recebem o produto de graça.  
Há três meses, o Grupo Pão de Açúcar (Parceiro Estratégico do Akatu) está testando em fase piloto um projeto, desenvolvido em parceria com a Plastivida – Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos. Por enquanto o programa se restringe ao isopor gerado por uma loja do Extra, no bairro do Morumbi na capital paulista. O produto coletado é todo doado para uma cooperativa. A Coopervivabem recebe o isopor e, após esse material passar por uma máquina de prensagem, a cooperativa vende à Proeco, empresa recicladora, que faz a reciclagem. O que viabiliza a reciclagem é que a quantidade disponível é muito grande o que permite uma escala viável do ponto de vista econômico. Segundo Beatriz Queiroz, gerente de sustentabilidade do grupo, “o projeto tem rendido bons resultados e deverá ser estendido para outras lojas do Extra”. Beatriz ressalta que, “além de cuidar do meio ambiente, o objetivo do projeto é gerar emprego e renda, e isso é possível ao entregarmos esse isopor sem custos para a cooperativa”.
O Carrefour também fez uma parceria com a Plastivida, semelhante ao firmado com o Extra.  A rede está realizando a coleta e reciclagem do isopor descartado pelas 58 lojas da rede no Estado de São Paulo. O projeto começou em setembro e está funcionando muito bem. A expectativa do Carrefour é encaminhar para reciclagem 35 toneladas do material por mês, o que é um volume que viabiliza uma escala econômica para a operação. A medida deverá ser estendida futuramente para as lojas do Carrefour de outros estados do país. A coleta de todo isopor descartado pelas lojas da rede é realizada por firmas especializadas que entregam o material à Proeco, empresa responsável pela reciclagem.
Projetos que envolvem a reciclagem do isopor ainda podem ser considerados incipientes, principalmente, se levarmos em conta a grande quantidade de embalagens do produto que são utilizadas todos os dias. O consumidor consciente pode fazer a sua parte quando se dirigir ao supermercado. Ao procurar evitar produtos embalados com isopor, o consumidor passa uma mensagem clara que está atento às conseqüências causadas por aquilo que compra e seus efeitos posteriores.


Andar de bicicleta é sustentavel e EU POSSO

Para você pedalar já!

Andar de bike emagrece, modela as pernas, melhora o fôlego, alivia o stress e deixa a gente feliz. O melhor é que, além de fazer bem para o corpo e para a cabeça, preserva o meio ambiente e garante um futuro melhor. Então, força no pedal: use a bicicleta como meio de transporte alternativo e descubra um jeito delicioso de entrar

em forma e salvar o planeta




Sabe aquele dilema: "É melhor casar ou comprar uma bicicleta?" Se quer ficar em forma, levantar o astral e colaborar com o planeta, aposte na segunda opção. Pedalar é tudo de bom para deixar o corpo malhado e a mente tranqüila. Sem contar que a bike não polui o ambiente e não faz barulho, garantindo um mundo melhor.
É verdade que andar de bicicleta nas grandes cidades brasileiras não é fácil, porque falta infra-estrutura. Mas tudo está melhorando: um bicicletário aqui, uma ciclovia ali... A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) estima que mais de 24 milhões de pessoas pedalam todos os dias. Dessas, cerca de 53% usam a bike como meio de transporte. Ou seja: tem bastante gente descobrindo que circular por aí de bicicleta é uma mão na roda.
Apesar de ter que driblar carros, ônibus e poluição, você chega ao destino final disposta e feliz. "E não precisa pedalar quilômetros e quilômetros para obter benefícios. Indo de bike até a padaria diariamente, por exemplo, seu fôlego melhora e você ganha mais ânimo. Além disso, cada pedalada representa uma contribuição e tanto para a economia de poluentes na atmosfera", garante Marcelo Hendel, professor de educação física e especialista em treinamento de mountain bike, de Campinas (SP). Portanto, tire a bicicleta da garagem e também adote essa idéia. Você vai notar que o mundo de cima de uma bike é muito mais divertido. Pronto para experimentar?
1. EMAGRECE
Andar de bike é um exercício aeróbico, portanto queima calorias. O valor exato varia de acordo com o peso, a altura, a idade e o ritmo de cada pessoa. Mas a média é de 400 calorias por hora (para uma mulher com 60 quilos).
2. AUMENTA O FÔLEGO
Quando você mexe o corpo, todo o organismo, especialmente os músculos, pede por oxigênio, que é o catalisador que transforma a glicose em energia. Aí os pulmões são obrigados a trabalhar mais rápido para garantir o suprimento dessa substância e a expulsão do gás carbônico (o resultado tóxico da reação). Quem pedala habitua os pulmões a essa sobrecarga.
3. DEIXA AS PERNAS TORNEADAS
A musculatura dessa região é bem solicitada durante a pedalada. Resultado: coxas firmes e panturrilhas trabalhadas. O aumento de massa muscular, no entanto, é discreto - nada que se iguale a um treino de musculação. Mas como andar de bike também queima o excesso de gordura, a definição fica evidente.
4. EXERCITA A CABEÇA
O momento em que você está em cima da bike é aquele em que as grandes idéias surgem. Esse fato tem tudo a ver com o exercício. Fazer uma atividade aeróbica regular gera uma melhora significativa da memória e de outras habilidades mentais. Porém, isso regride quando você pára de se exercitar.
5. ECONOMIZA DINHEIRO
Ao trocar o carro pela bike, você deixa de gastar uma tremenda grana com combustível. Isso significa um bom saldo na conta bancária.
6. ALIVIA O STRESS
Como qualquer outro exercício, pedalar estimula a produção de endorfina, neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. Ou seja: ao final da pedalada, você vai ganhar uma tremenda disposição para enfrentar o dia-a-dia.
7. AJUDA A SALVAR O PLANETA
Um dos gases responsáveis pelo efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2 ). E a maior parte dele vem da queima de combustíveis. Esse gás, quando presente na atmosfera, forma uma barreira, impedindo que a radiação solar refletida pela superfície da Terra volte para o espaço - criando, assim, o efeito de uma estufa.
Com isso, as temperaturas do ar, dos oceanos e dos lagos aumentam e as funções dos ecossistemas começam a mudar. Segundo especialistas, já existe um volume de CO2 na atmosfera que vai afetar a nossa vida por mais de 100 anos. Ao andar de bike, você não lança dióxido de carbono, ajudando a reduzir as concentrações do gás e deixando o planeta menos poluído.
8. PREVINE DOENÇAS
Se pesquisar a respeito das vantagens de praticar um esporte regularmente, vai perder alguns dias de tantos estudos que existem... Quem pedala mantém o organismo ativo e não deixa que vários mecanismos enferrugem. Você fica resistente a várias doenças, como osteoporose e problemas cardíacos.
9. DRIBLA OS CONGESTIONAMENTOS
A bicicleta é o segundo meio de transporte mais rápido nas grandes cidades na hora do rush, perdendo apenas para a moto. Mas é preciso ficar atenta às normas de segurança para circular no meio do trânsito (veja no site).
10. FACILITA CONHECER A CIDADE
Presa dentro do carro, você nem imagina quanta coisa bacana é possível encontrar nas ruas e avenidas da região onde mora. Sentada na bicicleta, além de sentir aquele vento gostoso no rosto, que dá sensação de liberdade, seu campo de visão se amplia e você consegue visualizar melhor o ambiente.
"Há nove anos, quando vim morar no Rio de Janeiro, comprei uma bicicleta. Desde então, virou meu principal meio de transporte. O carro fica na garagem, só pego quando não tenho alternativa. Faço tudo de bike: vou ao mercado, à padaria e até ao cinema. Aqui há ciclovias em algumas avenidas principais e já tem muito lugar para estacionar. Como não gosto de fazer exercício aeróbico na academia, também pedalo à noite na Lagoa, para queimar calorias. Às vezes, coloco o iPod e vou curtindo um som. O legal de tudo isso é que em cima da bike dá para apreciar o visual, sentir o vento no rosto, aliviar o stress... Enfim, dá para ficar bem mais feliz"
Vanessa Bueno
O MUNDO EM DUAS RODAS
É cada vez maior o número de cidades que estimulam o uso da bicicleta como meio de transporte. Em Paris, o hit do verão foi o Vélib, sistema público que opera 24 horas por dia, sete dias por semana. As bikes ficam disponibilizadas ao lado de estações de ônibus e de metrô. Você paga uma taxa de 1 euro (2,60 reais) e pode usar a bicicleta por meia hora. Na Espanha, há o Bicing, um sistema parecido, que também integra as bikes ao transporte público. A Holanda tem 17 mil quilômetros de ciclovias; na Alemanha, são mais de 4 mil quilômetros de vias exclusivas para bicicletas e cerca de 74 milhões de bikes para quase 83 milhões de habitantes. Em todas as estações de metrô ou trem existem bicicletários.
Empresas que alugam bikes aproveitam o mercado promissor. Nos grandes centros alemães, há o sistema Call a Bike (Chame uma bicicleta): as bicicletas ficam espalhadas pelas ruas das cidades com uma trava interna, que só é liberada depois que você faz o pagamento para a empresa via telefone. Após usar, basta deixar a bike em um dos vários pontos de devolução para o próximo interessado. O Call a Bike custa 2,50 euros (6,50 reais) por hora.
TEM MAIS NO SITE!
• Segurança: os acessórios que garantem uma pedalada tranqüila e tudo o que você precisa saber para andar de bike no meio do trânsito.
• Postura: a melhor maneira de se posicionar na bicicleta.
• Realidade: a situação das ciclovias brasileiras.
• Entre nessa você também: entidades que defendem a bike como meio de transporte sustentável.