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9 de abril de 2013

PERIGOS DO ACÚMULO DE LIXO NAS CIDADES


Perigos do acúmulo de lixo nas cidades
Quem abre um pacote de bala ou qualquer outro produto e descarta a embalagem numa calçada pode pensar que aquilo não fará diferença, mas está enganado. São muitos os riscos causados pelo acúmulo de lixo - mesmo esses pequenininhos -, como enchentes e emissão de gases tóxicos.
"O lixo também pode gerar chorume e contaminar a água e o solo. Ainda pode servir de abrigo e alimento para animais e insetos que são vetores de doenças. As mais comuns são a leptospirose, peste bubônica e tifo murino, causadas pelos ratos, além de febre tifóide e cólera causadas por baratas, malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e elefantíase, transmitidas por moscas, mosquitos e pernilongos", explica Marçal Rizzo, professor assistente na Universidade Federal do Mato Grosso e doutorando em Geografia na área de Dinâmica e Gestão Ambiental pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCT/UNESP) - Campus de Presidente Prudente/SP.
Com tantos problemas originados pelo lixo, por que algumas pessoas insistem em ignorar tudo isso e continuar jogando resíduos em locais públicos? Será por falta de lixeiras ou falta de educação? Para Marçal, as duas hipóteses são válidas. "Realmente existe um déficit de lixeiras nas cidades. Até mesmo nas pequenas faltam lixeiras pelas ruas e praças. Agora, não podemos nos esquecer do vandalismo contra as que existem. Há quem arranque, danifique e até queime o lixo dentro delas".
O engenheiro ambiental Johnny Hirai, da empresa Hagaplan, de São Paulo, aponta uma provável causa do vandalismo e da ignorância de algumas pessoas em relação às consequências do lixo em locais inapropriados. "A população é carente de uma educação ambiental, tanto dentro das residências quanto nas escolas, embora haja uma campanha (tímida) na mídia incentivando a destinação adequada dos lixos".
Em tempos de chuva, o acúmulo de lixo em regiões inadequadas pode trazer mais perigos. "O lixo disposto clandestinamente em locais como terrenos baldios, margens de córregos, rios e de ruas contribui diretamente com as enchentes, o qual vem potencializar as mesmas. Entope as ‘bocas de lobo’ e as galerias de água fluvial, além de assorear os córregos e rios, o que diminui consideravelmente a vazão dos mesmos. As enchentes espalham o lixo e contaminam a água e alimentos", diz o professor Marçal.
Muita gente joga a culpa do problema com o lixo nas autoridades. De fato, há pouco investimento na área. Segundo uma pesquisa realizada em 2007 pelo Ministério das Cidades com 306 municípios que representam 55% da população urbana do Brasil, a coleta seletiva só chegava a somente 56,9% dessas cidades.
Além disso, dos 587 aterros que recebiam os resíduos, 46% não possuíam licença ambiental. "Diante desse quadro, nota-se que há um mau planejamento e falta de investimento. Boa parte de nossos políticos não desenvolvem bons projetos na área ambiental, em especial no que tange lixo. Investimentos nessa área não trazem tantos votos como os políticos esperam. A população não sabe o que é feito com o seu lixo após ser colocado de fronte as suas casas. Acreditam que o problema acaba ali, mas infelizmente, é ali o início do problema se não for disposto de forma adequada", observa Marçal.
Mas, como todos produzimos lixo, todos somos então responsáveis por cuidados que amenizem as consequências ruins. Johnny lembra que "grande quantidade do lixo domiciliar pode se tornar matéria-prima para produção de novos produtos". Marçal explica como organizar os resíduos domésticos. "O ideal seria separar o lixo domiciliar em duas partes: a parte não reciclável e a parte reciclável. A não reciclável (tecidos, fraudas descartáveis, papel higiênico, restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos) deve ser descartada em aterros sanitários. Vale lembrar que restos de frutas, cascas e alimentos podem se usados para a fabricação de adubo orgânico. Já o material seco que pode ser reciclado ou reutilizado deve ser encaminhado à coleta seletiva". Antes de tudo, busque diminuir quantidade de lixo que produz e fique de olho no que sobra do consumo. Parece fácil falar né? Mas antes de começar, você não pode dizer que é difícil fazer!
Por:
Priscilla Nery
MBPress

LIXO ACUMULADO NAS RUAS PREJUDICA COMBATE A DENGUE



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Avenida Leste Oeste: população das ruas do entorno do Pirambu, Goiabeiras e Barra do Ceará despeja o lixo no canteiro com a Avenida Soares Moreno, até que um caminhão recolha os resíduos, virando um ciclo de risco
KID JÚNIOR
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No início do século XX, as cidades eram menores, o que facilitava o controle de uma epidemia.
MIGUEL PORTELA
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Utensílios inservíveis são deixados à beira de canal
JOSÉ LEOMAR
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Terreno na Aldeota é ponto de risco
DENISE MUSTAFA
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Encosta de morro vira ponto de lixo
DANIEL ROMAN
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Moradores do Frifort convivem com lixo
DENISE MUSTAFA
A coleta de lixo funciona nas áreas urbanizadas, mas não chega às áreas de risco nem favelas de Fortaleza
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a urbanização acelerada e a má administração da limpeza urbana foram dois pontos fundamentais, nos últimos 30 anos, para o favorecimento da dengue no Brasil. Em Fortaleza, por exemplo, a questão do lixo ainda é um desafio no combate à doença.

Enquanto o sistema de coleta de lixo cobre áreas urbanizadas, outras, como as de risco ou sem infra-estrutura, sofrem com o acúmulo dos resíduos. Nesses locais, onde o caminhão da coleta não entra porque as vias não permitem, a opção da população é levar seu lixo para a avenida mais próxima, favorecendo o nascimento de vários pontos, que acabam tornando-se permanentes.

O canteiro central da Avenida Leste-Oeste e da Avenida Soares Moreno é um exemplo disso. Lá, a população das ruas do entorno do Pirambu, Goiabeiras, Barra do Ceará, entre outros, despejam seu lixo no canteiro até que um caminhão chegue e recolha os resíduos, virando um ciclo de risco.

Se chover, então, o esquema não funciona porque o lixo será levado pelas águas, transformando-se em potencial criadouro do mosquito onde parar. Em algumas áreas urbanizadas, esse problema também acontece. No cruzamento das ruas Desembargador Leite Albuquerque e Nunes Valente, na Aldeota, um ponto de lixo virou até motivo de briga, uma vez que os fiscais da coleta já foram ameaçados pelos catadores.

Mesmo conhecendo essas situações, a presidente da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb), Eveline de Sousa Ferreira, considera que a coleta de lixo em Fortaleza é suficiente, e não compromete o combate à dengue na cidade. “A coleta não falha, por isso é considerada uma das melhores do País. Em dias alternados o caminhão recolhe o lixo. Em áreas de maior fluxo, onde há atividade comercial, isso acontece diariamente. Não há motivo nenhum para que seja jogado lixo em terrenos baldios”, destaca, acrescentando que 80% dos focos estão nas residências e não nas ruas.

A presidente da Emlurb explica que a Prefeitura está se antecipando às reclamações. “O Município já começou a mapear os terrenos baldios e cadastrar os proprietários, através da Secretaria de Finanças. Em alguns casos, quando é constatada a presença de focos, a Prefeitura fecha o muro, faz a limpeza e manda a conta para o proprietário”, explica ela, ressaltando que isso não é uma regra nem pode ser aplicado em todos os casos. “Nem todo terreno baldio é foco de dengue”.

Quanto aos problemas das áreas em que o caminhão da coleta não entra, Eveline citou uma idéia da Agência Reguladora de Fortaleza (Arfor), que gerencia o contrato com a empresa Ecofor, de instituir o gari comunitário. Essa figura, da própria comunidade, atuaria onde existem problemas de acesso e também de vulnerabilidade para os profissionais, que são vítimas de assaltos em algumas comunidades.

Nesse processo, Eveline destaca que a educação do cidadão deixa a desejar. “A sujeira não está ligada à pobreza. Têm áreas ricas em Fortaleza que são extremamente sujas e outras muito pobres que são limpas. Tem que acender uma luzinha na cabeça de cada morador para que a trate a rua como a sala ou a cozinha de casa. 

FALTA DE PLANEJAMENTO
Desordenação favorece o mosquito
O crescimento desordenado das cidades brasileiras, a exemplo do que ocorreu com Fortaleza nos últimos 20 anos, as agressões ao meio ambiente e a falta de planejamento de políticas públicas mais drásticas para conter o avanço do Aedes aegypti que retornou ao ambiente urbano, a partir dos anos 1980. Estes são alguns argumentos apresentados pelo médico infectologista Keny Colares, professor do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor). “A dengue leva em consideração um conjunto de fatores”, diz, tranqüilizando que 70% dos casos são simples.

O médico explica que o contexto das cidades brasileiras na atualidade é bem diferente do início do século XX, quando eram menores, menos adensadas. Portanto, era mais fácil controlar uma epidemia, compara Keny Colares.

No caso específico da dengue, “a urbanização foi até favorável ao mosquito”, diz, completando que a responsabilidade quanto à epidemia da doença deve ser compartilhada. “Só o governo não poderá resolver o problema”. Chama a atenção para os imóveis fechados sendo necessário amparo legal para as autoridades agirem.

Conscientização

Sem contar com a falta de educação ambiental das pessoas com relação ao destino do lixo e do armazenamento de água. As questões são fundamentais para a prevenção da doença, mas falta conscientização das pessoas. Admite ser bastante complicada a situação nos estados do Rio de Janeiro e Ceará, principalmente com a circulação do sorotipo para a dengue hemorrágica.

Daí a preocupação, explica Keny Colares, informando que é grave o avanço do mosquito no Estado. “Praticamente todos os municípios possuem o Aedes aegypti”, destaca, admitindo ser difícil o controle. Doença típica das regiões tropicais, o calor e a umidade favorecem ao desenvolvimento da doença.

Para ele, a dengue pôs em xeque o sistema público de saúde agravando ainda mais a epidemia. No momento, o que se pode fazer é garantir assistência e evitar o pânico. 

REAÇÃO
Mobilização social é inédita
Em nenhum outro momento de crise na saúde causada pela dengue se viu tanta mobilização social como acontece agora. Mutirões de serviços e limpeza, profissionais de saúde se atualizando, bombeiros e carteiros nas ruas, idosos reproduzindo ensinamentos em suas comunidades, advogados e outros profissionais dando a sua contribuição e empresas convocando seus funcionárias para eliminarem focos da doença no ambiente de trabalho e também em casa. São cenas inéditas que estão começando a fazer parte da rotina da população de Fortaleza.

Para o coordenador de Políticas em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado, Manoel Fonseca, parte dessa mobilização social deve-se ao fato da transparência com que as gestões de saúde estão trabalhando a dengue, sempre esclarecendo e informando acerca da gravidade da doença. “A questão é séria e a população tem que ter consciência que faz parte disso”, explica o médico.

Além disso, Fonseca ressalta o papel dos meios de comunicação no processo de gerar mobilização entre as pessoas. “Diariamente o noticiário traz várias matérias sobre dengue, sejam positivas ou negativas, e isso ajuda a população a ficar sempre alerta”, disse.

Já o secretário Municipal da Saúde, Odorico Monteiro, considera que na medida em que se abriu o debate sobre a dengue, a sociedade se viu dentro do problema, até porque também é atingida pela doença.

Segundo Monteiro, expor e alertar a população não se trata de fazer terrorismo e sim de criar consciência sanitária. “As pessoas têm dificuldade de quebrar a inércia e partir para a atitude”, disse. 

Utensílios inservíveis são deixados à beira de canal
Área de risco: em um canal, às margens da Avenida Pompílio Gomes, no Bairro Jangurussu, o acúmulo de lixo é visivelmente uma ameaça à saúde. Garrafas plásticas e um pneu deixados no local são depósitos propícios à reprodução do Aedes aegypti. Basta uma chuva para que os utensílios inservíveis à população se tornem focos da dengue. Além disso, o material colocado dentro do canal acaba contribuindo para a poluição.

Terreno na Aldeota é ponto de risco
Uma casa abandonada no cruzamento das ruas Tibúrcio Cavalcante e Pereira Valente vem tirando o sossego dos moradores da área. Focos de dengue foram encontrados e nada foi feito.
Naiana Rodrigues, Paola Vasconcelos e Iracema SalesRepórteres

LIXO JOGADO NAS RUAS CAUSAM ENXENTES E ALAGAMENTOS


Por Julio Cezar Winkler, especialista em geografia do portal
Prefeitura de Caratinga
Na “era do descartável”, muitas pessoas jogam lixo nas ruas, córregos e rios. Esse lixo se acumula e acaba entupindo as galerias de drenagem, impedindo que a água encontre o seu destino.


Todos os anos, nessa época do ano que abrange o verão (de janeiro a março), os noticiários ficam literalmente “inundados” de notícias sobre alagamentos e enchentes. É a época em que as massas de ar frio estacionam sobre determinadas áreas e ocasionam as chamadas chuvas de verão. Estas se caracterizam por sua intensidade e pela presença de fortes rajadas de vento e granizo.
Não é incomum vermos autoridades culpando as chuvas de verão pelos alagamentos que, muitas vezes, resultam em tragédias. Mas a realidade é que somos nós mesmos os verdadeiros culpados por esse indesejável fenômeno.
Cada centímetro a mais de pavimentação em nossas cidades impede que a água das chuvas infiltre no solo e alimente o lençol freático, que é uma espécie de rio subterrâneo que retém a água pluvial (das chuvas) e vai liberando-a paulatinamente para dentro dos rios em um processo lento e contínuo. A pavimentação excessiva causa um escoamento superficial da água, que chega rapidamente ao leito dos rios e faz com que eles não suportem drenar todo seu conteúdo. Além disso, esse tipo de escorrimento faz com que a água carregue centenas de toneladas de partículas soltas do solo, chamadas de sedimento, que diminuem a profundidade do leito dos rios. Dessa maneira, à medida que os rios vão perdendo a sua capacidade de escoamento, recebem mais e mais água, até que ocorrem as enchentes.
Não é raro ver pessoas pensando em trocar o gramado dos seus quintais por uma lajota ou um piso pavimentado qualquer. Elas argumentam que a grama dá muito trabalho porque deve ser cortada sempre e acumula muita sujeira. O piso pavimentado é mais fácil de ser limpo. No entanto essa atitude, que aparentemente facilita a vida das pessoas, pode causar grandes problemas ambientais. Por isso, da próxima vez que você ouvir alguém falando em erradicar o gramado de sua casa, faça o seu papel e explique a importância de cada metro quadrado de área pela qual a água possa penetrar.
Prefeitura de Caratinga
A pavimentação excessiva causa um escoamento superficial da água, que chega rapidamente ao leito dos rios e faz com que eles não suportem drenar todo seu conteúdo, transbordando.


FONTE: 
http://www.educacional.com.br
Outro problema bastante sério é o lixo jogado em locais não apropriados. Para escoar a água das chuvas, são construídas galerias pluviais e instaladas diversas bocas-de-lobo, ou seja, bueiros por onde deve ser captada a água, que é levada para os córregos com maior capacidade de drenagem. Hoje em dia, na “era do descartável”, representada pela famosa garrafa pet, muitas pessoas jogam seu lixo nas ruas, córregos e rios. Esse lixo vai acumulando-se e acaba entupindo as galerias de drenagem, impedindo que a água encontre o seu destino.
Claro que existem outros fatores que levam às enchentes, mas os mencionados aqui são decisivos. Se cada um fizer a sua parte, deixando áreas livres de pavimentação, de preferência com alguma cobertura vegetal, e dando destino correto ao lixo, o problema vai diminuir e, com certeza, teremos verões com menos notícias tristes em nossos programas de TV.

PORQUE AS PESSOAS JOGAM LIXO NAS RUAS?




As primeiras justificativas sobre o lixo no chão que se lê em relacionados assuntos e comentários publicados nos blogs da cidade são:
- a falta de escolaridade do povo;
- a falta de uma lixeira perto;
- a coleta de lixo é precária;
- a culpa é do prefeito;
- as quatros opções juntas!
Constato que “por que as pessoas jogam lixo no chão?” NÃO é a falta de escolaridade ou similares… A resposta é por INSTINTO e por falta de EDUCAÇÃO DOMÉSTICA!
Como assim?
Nós seres humanos somos parte integrante de um sistema gigantesco chamado Natureza. E por incrível que pareça, nós também temos o nosso papel: "Cuidar do meio ambiente é um corolário da fé cristã" (Salmo 24.1).
Assim como as abelhas e pássaros polinizam as flores, os urubus que comem carcaças e os camarões que limpam os restos orgânicos do oceano. Somos descendentes dos primatas que por INSTINTO lançamos cascas de bananas no chão, e pelo mesmo impulso abrimos a mão e espalhamos restos orgânicos por onde estamos! E isto era para ser algo bom! Contudo, só lançar no meio da horta ou debaixo das plantas, que os restos orgânicos iriam ser alimentos para o sistema, fazendo compostagem. Ou algum pássaro ou mesmo as minhocas da terra iriam aproveitar aqueles restos.
Entretanto, nesse nosso lindo mundo moderno, tudo o que produzimos não é mais orgânico! Em conseqüência disso, se os pais não ensinam seus filhos que lugar de lixo é na lixeira, é fato que vão simplesmente largar o lixo no chão. Resultado? Garrafas, sacolas e tudo mais ficam na rua, nas praças, nos canteiros, na beira da estrada que prejudica a estética da cidade e gera graves problemas a saúde pública, até alguém queima ou retira a sujeira e depois tudo começa de novo debaixo do sol, conduzido pelo INSTINTO e MAU HÁBITO!
Já Aristóteles (384-322 a.C.) constatou: "o homem, quando tem boa índole e moral, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da justiça. Logo, quando destituído de qualidades morais, o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais." De fato, seres humanos incapazes de superar seus instintos e maus hábitos, comportam-se como indivíduos animalescos. Isto é a questão de muitos e a pura realidade em que vivemos.