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6 de dezembro de 2012

NATAL SUSTENTÁVEL, PRATIQUE!



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Não precisa deixar de dar presentes ao seu filho, nem de preparar uma festa gostosa. Mas é possível, sim, minimizar alguns gastos, evitar o desperdício e, ainda, preservar o meio ambiente. Veja algumas dicas que preparamos para ajudá-lo nessa tarefa.


DECORAÇÃO
- Escolha uma árvore com raiz para replantar. Assim, você vai utilizá-la novamente no próximo ano. Outra opção é fazer a sua própria árvore, utilizando garrafas, embalagens, tampinhas, latas de alumínio, entre outras;

- Evite as árvores artificiais, que geralmente são feitas à base de plástico ou vinil, derivados do petróleo. Geralmente, elas contêm chumbo, o que significa um gasto significativo de energia na sua produção e um potencial foco de poluição;

- Reaproveite os enfeites de Natal antigos e, na compra de novos, prefira os artesanais ou feitos de materiais recicláveis. Valorize uma cooperativa de artesanato, adquirindo um presépio artesanal, com peças de cerâmica, madeira, tecido, fibras etc. Chame seu filho para ajudar nessa tarefa - conforme as crianças crescem, cada enfeite traz lembranças das comemorações que passaram juntos;

- Restrinja as luzes à árvore de Natal, e dê preferência para lâmpadas de baixo consumo. Não esqueça, também, de apagá-las antes de dormir. Os outros ambientes podem ganhar uma iluminação com velas ecológicas feitas com ceras vegetais derivadas de palma, girassol, soja e arroz (alternativa à parafina, derivada do petróleo);

- Outra opção é confeccionar os próprios enfeites, com cartões antigos e materiais naturais (ráfia, palha, retalhos, tecido, pedaços de lã). Fotos de árvores nacionais e animais podem servir de belos ornamentos para a sua árvore;

- Enfeite a casa com potes de flores e plantas, que além de não prejudicarem a camada de ozônio, podem ser replantadas;

- Coloque frutas tropicais e secas, castanhas-do-pará e de caju em potes de vidro transparentes, e decore a sua mesa e a sala de jantar. São “enfeites”, mas podem ser consumidos como sobremesa no fim da ceia.
CARDÁPIO
- Para uma ceia de Natal consciente, dê preferência a um cardápio vegetariano. Evite comer e beber em excesso;

- As famílias brasileiras desperdiçam, em média, de 20% a 30% dos alimentos que compram. Para evitar desperdícios, planeje antes e compre apenas os alimentos que for usar;

- Prepare as refeições com produtos orgânicos (sem agrotóxicos) e cultivados na sua região - que são mais saborosos, nutritivos e saudáveis. De quebra, você ainda ajuda os pequenos agricultores, reduz custos de transporte e o desperdício. Procure reaproveitar as sobras, usando, por exemplo, a carne assada ou o que restou da bacalhoada para preparar bolinhos. Frutas maduras demais podem virar compotas, geléias e recheios para bolo;

- Junte todo o óleo de cozinha utilizado na preparação dos alimentos. Depois de frio, coloque esse óleo em uma garrafa pet e leve para reciclagem. Se jogá-lo no ralo, você contribui para a poluição dos rios;

- Escolha pratos e copos de porcelana e vidro, além de guardanapos de pano, que podem ser lavados e reutilizados. Evite os descartáveis, que viram lixo;

- Economize água e trabalho deixando bacias cheias de água e um pouco de detergente biodegradável ao lado da pia. Coloque copos em uma bacia, talheres em outra. Será muito mais rápido e fácil lavá-los;

- Separe para a coleta seletiva os materiais recicláveis, como garrafas PET e latas de alumínio.
PRESENTES
- Controle o impulso consumista. Planeje suas compras e estabeleça um limite de gastos. Faça listas de presentes, enfeites e alimentos;

- Reflita bem antes de comprar a prazo. Se necessário, verifique a taxa de juros e analise as prestações. Caso você pague à vista, tente negociar um desconto no preço. Faça uma reserva no seu orçamento para os gastos que possam ocorrer no início de ano;

- Brinque de “amigo-oculto ou secreto”, que fortalece a idéia de qualidade, em vez de quantidade;

- Faça as compras no comércio local, perto de casa ou do trabalho, onde é possível ir a pé. Produtos de lugares distantes, além de muitas idas aos shoppings, provocam um impacto maior na emissão de CO2. De preferência, combine com amigos ou familiares de irem às compras no mesmo carro;

- Escolha produtos de empresas social e ambientalmente responsáveis ou de comércio justo. Com isso, você apóia a geração de renda em comunidades e respeita a diversidade regional brasileira;

- Para presentear crianças e adultos, use a imaginação e dê presentes alternativos. Faça você mesmo alguns de seus presentes ou compre produtos artesanais, feitos por comunidades, cooperativas ou entidades do terceiro setor. Se possível, opte por objetos feitos de materiais reciclados. Diminua também a utilização de embalagens, preferindo as que possam ser reutilizadas. Reflita também sobre a real necessidade de dar presentes materiais. Numa época em que o tempo é um dos bens mais preciosos, aproveite para dedicá-lo a quem você mais gosta;

- Outras alternativas para presentear são vasos de plantas, biscoitos, docinhos, um bolo caseiro. Para as crianças, evite brinquedos movidos a pilhas, pois estas poluem o ambiente;

- Reserve um pouco de tempo para ensinar aos filhos a distinguir o que é realmente importante do que é supérfluo. É importante estreitar laços e estabelecer um diálogo a fim de promover o consumo consciente. Só assim as crianças podem ter, em casa, um parâmetro de comportamento confiável.
EMBALAGENS
- Na hora das compras, evite as sacolas plásticas, que são feitas com resina sintética, (originada do petróleo) - material que leva muito tempo para se decompor na natureza. Se necessário, acondicione suas compras em caixas grandes de papelão;

- Fique atento ao excesso de embalagens de presentes. Sacos feitos com retalhos e caixas com tampas são pacotes que, depois, podem ganhar outra finalidade. Apenas um laço de fita colorida envolvendo o presente pode substituir o papel;

- Para as crianças, uma boa idéia é colocar todos os produtos, etiquetados com o nome do presenteado, em uma grande caixa de papelão fechada com uma fita;

- Quando for usar papel de embrulho, prefira os artesanais e feitos com material reciclado;

- Reúna sua família para arrecadar roupas, acessórios, sapatos e alimentos, e doe para instituições de crianças carentes;

DESMATAMENTO ESTÁ DEIXANDO DE SER O MAIOR PROBLEMA

Desmatamento deixa de ser aos poucos o vilão das emissões

Queda no desmatamento entre 2005 e 2011 ajudou a reduzir as emissões de gases efeito estufa em 35%. Em contrapartida, energia e agricultura devem ssumir o posto inglório


Em 2012, o desmatamento deve dar adeus ao título de maior vilão das emissões de gases efeito estufa no Brasil. Na sequência, os setores de energia e agricultura se tornarão as principais fontes emissoras dos gases que contribuem para o aquecimento global.
É o que aponta um estudo preliminar e independente que o engenheiro florestal e consultor para florestas e clima do Ministério do Meio Ambiente Tasso Azevedo vai levar para a COP-18, em Doha, no Catar.

Os dados são de impressionar, a começar pela redução estimada das emissões totais: uma queda de incríveis 35% entre 2005 e 2011, isso durante um período em que as emissões aumentaram 9% em todo o mundo.

A queda do desmatamento foi de longe o fator que mais contribuiu para o país alcançar a taxa de fazer inveja. "Com esses números, estamos bem abaixo da meta de redução para 2020", disse Azevedo à EXAME.com poucas horas antes de embarcar rumo à COP-18 nesta quarta. "O desafio agora é manter as taxas de desmatamento baixas e passar a combater outras fontes de emissões".

NOVOS VILÕES, VELHOS PROBLEMASDe mãos dadas com os números otimistas, o estudo revela um dado perturbador. Deixando o desmatamento de fora dos cálculos, as emissões totais do Brasil, acredite, subiram no período analisado, puxadas pelas agricultura e o setor de energia, que inclui transportes.

Ao invés de cairem 35%, elas aumentaram 18%. "Ou seja, crescemos mais que a média global, de 9%", destaca o especialista. Para se ter uma ideia, o estudo estima que, entre 2005 e 2011, a emissões do setor de energia cresceram 33%, as da agricultura, 6,7%, e as da indústria 16% - ao passo que as emissões do desmatamento caíram impressionantes 64%.
Os vilões das emissões têm nova cara. Em 2005, dois terços das emissões eram explicadas pelo desmatamento e em 2011 caiu para pouco mais de um terço. Já energia e agricultura passaram a responder por cerca de 56% das emissões. "O consumo de combustível pelo setor de transporte aumentou muito, assim como o uso de carvão mineral e as emissões da produção do petróleo", explica.
E AGORA?Na opinião do especialista, o momento é de buscar eficiência energética, tanto no setor de transporte como nas indústrias. Na prática, precisamos produzir mais, gerando menos emissões.

O estudo mostra que a quantidade de dólares em PIB gerada para cada tonelada emitida cresceu de forma significativa passando de pouco mais de US$ 200 por tCO2e (tonelada equivalente de CO2) em 2004 para quase US$ 1600/tCO2e em 2011.

"Isto quer dizer que estamos aumentando nossa eficiência
econômica em relação as emissões, ou seja, geramos mais PIB por unidade de carbono emitida", diz Azevedo. "Mas para a meta de redução ideal, precisamos gerar US$ 20 mil/tCO2e", conclui.

Sem isso, o Brasil corre o risco de entrar novamente em uma saia-justa ambiental. Conforme o estudo, o crescimento das emissões nos setores de energia, agricultura, processos industriais e tratamento de resíduos devem levar ao crescimento das emissões nos próximos anos, devendo se aproximar ao valor da meta para 2020.

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA DIMINUI

Desmatamento na Amazônia Legal é menor já registrado

Dados do Ministério do Meio Ambiente revelam que a taxa de desmatamento da Amazônia Legal caiu 27% em doze meses, sendo o menor índice já registrado desde que as medições na região começaram. Com a melhora no seu desempenho, o Brasil atingiu 76,2% dos 80% do desmatamento que se comprometeu a reduzir na Amazônia até 2020

O dia começou com uma boa notícia: em coletiva de imprensa realizada em Brasília nesta terça-feira (27), Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente do Brasil, anunciou que a taxa de desmatamento da Amazônia Legal caiu 27% entre agosto de 2011 e julho de 2012, em comparação ao ano anterior. 

E mais: além de diminuir, o índice de desmatamento na região configurou um recorde. Trata-se da menor taxa já registrada na história das medições da Amazônia Legal, que começaram a ser feitas há mais de 20 anos, em 1988, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Com a melhora em seu desempenho, o Brasil já conseguiu atingir cerca de 95% de sua meta referente à redução do desmatamento na Amazônia, assumida em 2009, durante a COP15 de Mudanças Climáticas. O país prometeu diminuir a prática no bioma em 80% até 2020, com base nos índices de 2005. Oito anos antes do fim do prazo assumido, a redução já foi de 76,2%.

"Arrisco a dizer que esta foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve neste ano", afirmou Izabella Teixeira, durante a coletiva de imprensa. Mas, apesar das boas notícias, o índice de desmatamento na Amazônia Legal continua expressivo. Entre agosto de 2011 e julho de 2012 a região perdeu 4.656 km² de floresta - área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo.

Para coibir ainda mais a prática ilegal, a ministra anunciou que, a partir de 2013, novas ferramentas serão usadas para fiscalizar o desmatamento na região. Entre elas, um novo satélite, que permitirá imagens mais detalhadas das florestas, e uma nova forma de autuação, que será feita pelo Ibama por meio eletrônico, a fim de evitar fraudes.